África entre Megacidades e a vida nas aldeias
Explosão demográfica, revolução digital, expansão metropolitana - mudanças rápidas em África e a nova vida nas Megacidades são os temas centrais do festival de fotos "LagosPhoto 2013" na Nigéria.
Arte entre o caos da cidade
Explosão demográfica, expansão metropolitana, revolução digital – as rápidas mudanças que acontecem em África estão também a influenciar a cena artística. A vida nas Megacidades em África é tema do festival de fotos "LagosPhoto 2013" como fica evidente nesta imagem: o músico Keziah Jones posa para o fotográfo nigeriano Kelechi Amadi-Obo com Lagos como pano de fundo.
Expandir metrópoles, artistas energéticos
Até o início de dezembro de 2013, mais do que 50 fotógrafos estão a apresentar as suas impressões sobre o processo de mudanças em África. O "LagosPhoto” é a única exibição internacional de fotos na Nigéria e pretende reunir artistas de outras partes do mundo.
O fotográfo dos bairros de lata
Para o fotógrafo Afonso Sulayman o festival de fotos de Lagos é a primeira exibição. Ele vem de Makoko, um dos maiores bairros de lata de Lagos. Sempre foi sonho seu tornar-se fotográfo. “No ano passado o meu irmão falou-me sobre um workshop em Makoko”, ele recorda-se. Sulayman e 30 outros juntaram-se no workshop, mas só ele e um outro participante completaram o curso de seis meses.
É sempre uma questão de sobrevivência
O tema central do trabalho de Sulayman é o cotidiano dos residentes de Makoko. Centenas de milhares de pessoas estão amontoadas dentro de áreas pequenas. “Isso resulta da luta para ganhar dinheiro suficiente para a sobrevivência”, diz Sulayman. Isso aplica-se também a ele. Sulayman não pode ganhar a vida só com as suas fotografias.
Próximo dos vizinhos
Sulayman vê as suas próprias origens do bairro de lata como uma vantagem. Ele fotografa as pessoas como seus vizinhos e não como estranhos. “Muitos tem reservas. Eu digo-lhes que isso é bom para que as pessoas que estão lá fora tenham uma boa impressão sobre a vida aqui. E muitas delas compreendem isso", diz o fotógrafo nigeriano.
Tiros de paz, não de guerra
As fotos de Patrick Willocq são muito diferentes das que descrevem os bairros de lata das grandes cidades. O fotógrafo francês passa muito tempo em aldeias do leste da República Democrática do Congo (RDC). “Queria mostrar a calma e a vida pacífica que pode ser encontrada nas zonas rurais. Muitas vezes só ouvimos falar sobre os conflitos no leste da RDC”, diz Willocq.
Novo símbolo de estatuto – cadeiras de plástico
Willocq passou parte da sua infância no Congo. A sua fotografia mais famosa mostra como a globalização chegou as aldeias mais recônditas. Cadeiras plásticas são um símbolo de estatuto – um desenvolvimento estranho, diz Willocq. “As cadeiras convencionais de madeira são mais estáveis, e acima de tudo, elas são mais confortáveis.”
Vida nas cidades coloridas do Senegal
O fotográfo Mouhamadou Moustapha Sow coloca os holofotes sobre o dia a dia na sua terra natal, Senegal. Sow é principalmente um designer e só faz fotos nos seus tempos livres. “Realmente quero mostrar o dinamismo e a vida pulsante da cidade de Dakar”, conta o designer senegalês.
A vida vista atráves de um ecran de TV
Mouhamadou Moustapha Sow acusa a media ocidental de reduzir a realidade africana a clichês. Quando ele viu a caixa de um televisor antigo no deserto da Mauritânia, ele teve a ideia para esta série de fotos. “As imagens só podem mostrar uma pequena parte da vida da cidade,” diz. “Isso é o que se mostra com a armação do ecrã do televisor.”