Acordo entre EUA e UE para reduzir dependência do gás russo
25 de março de 2022Ao abrigo deste novo acordo, os EUA pretendem aumentar as suas exportações de gás natural liquefeito (GNL) para a Europa em 15 mil milhões de metros cúbicos este ano.
Um plano apresentado esta sexta-feira (25.03), em Bruxelas, pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no segundo dia da cimeira dos Chefes de Estado e de Governo do bloco.
"Estamos a unir esforços para reduzir a dependência da Europa do gás russo", disse Biden, numa conferência de imprensa conjunta. "Não devemos subsidiar o ataque brutal de Putin à Ucrânia", sublinhou o Presidente dos EUA.
Ursula on der Leyen classificou o acordo como "um grande passo" para acabar com a dependência de Moscovo em relação à energia.
Embora a iniciativa provavelmente exiga novas instalações para a importação de gás natural liquefeito, a parceria entre UE e EUA também pretende reduzir a dependência dos combustíveis fósseis a longo prazo, através de mais eficiência energética e de fontes alternativas de energia, explicou Joe Biden.
Berlim anuncia redução de importações russas
A Alemanha também anunciou hoje que vai reduzir de forma rápida e significativa a dependência em relação à energia da Rússia e prevendo para já uma grande diminuição na importação de petróleo e carvão até ao próximo outono.
"Até o meio do ano, as importações russas de petróleo para a Alemanha devem baixar para metade e queremos uma quase independência até ao final do ano", indica um comunicado do Ministério da Economia.
"Até o outono podemos tornar-nos totalmente independentes do carvão russo", indica o mesmo documento, acrescentando que em relação ao gás, a Alemanha pode ficar 'bastante' independente em meados de 2024".
A medida é uma consequência da última invasão da Ucrânia iniciada no dia 24 de fevereiro, que causou, entre a população civil, mais de 1.000 mortos e mais de 1.500 feridos.