Berlim disponível para troca de experiências com Moçambique
23 de novembro de 2016O embaixador da Alemanha em Moçambique, Detlev Wolter, manifestou a prontidão do seu país em colaborar com Moçambique no tema da descentralização em declarações aos jornalistas após encontrar-se (23.11.) com o primeiro-ministro moçambicano, Agostinho do Rosário, em Maputo.
"Temos grande experiência nas questões de descentralização, sobretudo na intensificação da participação da população local nas questões da democracia multipartidária e autonomia financeira", assinalou o embaixador Wolter.
Além da descentralização política e administrativa, prosseguiu o diplomata, a Alemanha quer aprofundar a cooperação bilateral no campo económico, desenvolvimento social, insegurança alimentar e combate às calamidades naturais.
A questão da descentralização política e administrativa em Moçambique é um dos temas mais candentes no país, na sequência da exigência da RENAMO (Resistência Nacional Moçambicana), principal partido de oposição, de governar em seis províncias do centro e norte do país onde reivindica vitória nas eleições gerais de 2014.
A mediação internacional das negociações de paz em Moçambique apresentou uma proposta ao Governo e à RENAMO sobre a descentralização do país e pretende que o documento seja submetido à Assembleia da República ainda este ano.
Violência em Moçambique é fator de perturbação no Zimbabué
Também recebido esta quarta-feira (23.11.) pelo primeiro-ministro moçambicano, o novo embaixador do Zimbabué em Maputo, Nme Dube, manifestou o desejo da restauração da estabilidade militar no país, assinalando que a violência em Moçambique é também fator de perturbação no Zimbabué.
"Os dois países e povos são amigos históricos e dependem em muito um do outro, pelo que a instabilidade em Moçambique também afeta o Zimbabué", considerou Dube.
Moçambique é assolado pela violência militar opondo as Forças de Defesa e Segurança moçambicanas e o braço armado da RENAMO, devido à exigência do maior partido da oposição moçambicana de governar nas seis províncias onde reivindica vitória nas eleições gerais de 2014.