Líder da UNITA acusa JLo de promover corrupção eleitoral
19 de junho de 2022O líder da União Total para a Independência de Angola (UNITA) falava na província do Cuando Cubango, onde participou das comemorações do 50 anos da fundação da Liga da mulher angolana (LIMA), braço feminino da UNITA.
Dirigindo-se aos militantes do seu partido, Adalberto Costa Júnior disse ser urgente a construção de uma Angola onde haja um tratamento igual para todos.
No entender de Adalberto Costa Júnior "a democracia no nosso país ainda não é uma realidade", indicou, justificando que Angola é "um país em que uns são filhos e outros enteados".
Desde a sua eleição em 2017, o atual Presidente de Angola e líder do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), João Lourenço, escolheu ocombate à corrupção como o seu "cavalo de batalha".
Mas aos olhos de Adalberto Costa Júnior, o combate a corrupção em Angola "é insuficiente, seletivo e não é dirigido de igual forma para todos", sublinhou.
Como consequência desta suposta seletividade, advoga Costa Júnior, "estamos a promover a corrupção eleitoral”.
"Sem a corrupção eleitoralo partido no poder [MPLA] não tem condições de ganhar as eleições", concluiu.
Medo de dialogar
De há um tempo há esta parte, muitas correntes da sociedade angolana têm exigido um frente-a-frente entre o presidente do MPLA e os candidatos da oposição.
Recentemente, João Lourenço disse que sempre esteve aberto para dialogar com qualquer cidadão.
Mas o líder da UNITA diz que o MPLA tem medo de dialogar.
"O partido que governa diz que dialoga, mas quando é chamado ao diálogo ele não aparece. Tem medo", afirma Costa Júnior.
Com a aproximação das eleições gerais, marcadas para 24 de agosto próximo, o líder da UNITA garantiu neste sábado (18.06) que, nos próximos dias, serão divulgadas as listas de candidaturas a deputados à Assembleia Nacional.
De acordo com Adalberto Costa Júnior, farão parte desta lista elementos vindos do Bloco Democrático, PRA-JA Servir Angola e sociedade civil.