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Conseguirá o novo governador do BNA estabilizar os preços?

22 de junho de 2023

Manuel António Tiago Dias é o novo governador do Banco Nacional de Angola. Na instituição há quase 30 anos, tem pela frente desafios como a desvalorização do kwanza e a subida de preços dos bens e serviços.

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Sede do Banco Nacional de Angola (BNA) em Luanda
Sede do Banco Nacional de Angola (BNA) em LuandaFoto: Pedro Borralho Ndomba

Funcionário do Banco Nacional de Angola (BNA) há 27 anos, já exerceu as funções de diretor do Departamento de Estatística, diretor do Departamento de Estudos Económicos e de chefe da Divisão de Estudos do Departamento de Estudos e Estatística. Também já foi vice-governador, de 2016 a 2023.

É por isso que, segundo o economista Nataniel Fernandes, haverá praticamente uma política monetária e cambial baseada na continuidade: "Manuel António Tiago Dias não vai fazer grandes roturas naquilo que estava a fazer o governador anterior, José de Lima Massano", prevê em declarações à DW África.

"Vai continuar as mesmas políticas. Os objetivos do BNA estão explanados nos seus estatutos, sobretudo a estabilidade de preços é o grande objetivo do BNA. Esperemos que tenha sucesso nesta luta", afirma o economista.

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Estabilizar preços e valorizar o kwanza

A estabilidade de preços e a valorização da moeda nacional são precisamente as grandes apostas do novo governador, que é licenciado em Ciências Económicas, Opção Sistemas Produtivos e Comércio Internacional, e mestre em Economia do Desenvolvimento, Opção Terceiro Mundo.

Nesta nova empreitada, António Manuel Tiago Dias diz que já sabe com quem contar.

"Contamos com os bancos comerciais, no sentido de desempenhar o seu papel catalisador da nossa economia porque entendemos que a estabilidade, quer dos preços quer da nossa moeda nacional, depende da produção nacional."

O economista Nataniel Fernandes concorda. "Esta luta para estabilidade de preços depende muito daquilo que a política fiscal conseguir implementar, para que consigamos, de facto, a diversificação da nossa economia."

Caso contrário, conclui, "a nossa situação cambial vai estar sempre com riscos muito grandes".

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