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Exames de ADN aos restos mortais de Savimbi concluídos

Lusa | ar
2 de maio de 2019

UNITA anunciou que terminaram os exames de ADN aos restos mortais de Jonas Savimbi, para a realização da cerimónia fúnebre.

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Jonas Savimbi Rebellenführer Angola
Foto: Getty Images/Keystone

Em comunicado divulgado esta quinta-feira (02.05.) na capital angolana, Luanda, a presidência do maior partido da oposição em Angola,  anunciou que os resultados dos exames de ADN aos restos mortais de Jonas Savimbi, líder fundador da UNITA se encontram em posse de especialistas sul-africanos, que recolheram as amostras para os testes realizados.

Segundo o documento, lido pelo porta-voz da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Alcides Sakala, os resultados serão conhecidos e tornados públicos "brevemente, depois de formalidades próprias a observar com as autoridades governamentais angolanas".

O anúncio dos resultados contará com a presença dos especialistas sul-africanos, que deverão chegar a Luanda "a qualquer momento".

Data das exéquias fúnebres?

A cerimónia das exéquias fúnebres de Jonas Savimbi foram marcadas para o dia 06 de abril, mas devido a atrasos nos resultados das análises de ADN foram adiadas.

Além dos exames da UNITA, realizados por especialistas sul-africanos, também o Governo angolano realizou os seus a duas instituições, uma portuguesa e outra angolana, devendo posteriormente ser feito o cruzamento de dados.A UNITA criou em janeiro passado uma Comissão Nacional para as Exéquias Fúnebres para preparação do ato.

UNITA-Chef Jonas Savimbi
Foto: AP

A cerimónia de exumação e recolha de amostras dos restos mortais do líder fundador da UNITA, morto em combate a 22 de fevereiro de 2002, realizou-se a 31 de janeiro, no Luena, província do Moxico, onde estava sepultado desde a sua morte.

Funeral sem honras de Estado

O Governo angolano garantiu no início de janeiro estarem criadas as condições para a exumação dos restos mortais de Jonas Savimbi, mas avisou que o funeral não terá honras de Estado, uma vez que o antigo presidente da UNITA "não pertencia à família governamental quando faleceu".

O posicionamento do Governo, segundo Rafael Massanga Savimbi, filho de Jonas Savimbi, não preocupa "a família e muito menos a direção do partido", porque, observou, o pai "não é reconhecido por decretos".

"Para figuras marcantes como ele, o mais importante é o reconhecimento do povo em geral, sobretudo pela sua contribuição", realçou.

As cerimónias fúnebres de Jonas Savimbi, 17 anos após a sua morte, estão previstas para Lopitanga, província angolana do Bié, onde o resto da família está sepultada.

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