Angola: Novo programa do FMI só depois das eleições
25 de julho de 2021"Angola não deverá terminar com os subsídios aos combustíveis apesar de ser uma das principais reformas acordadas com o Fundo Monetário Internacional (FMI) ao abrigo do programa de financiamento a três anos, que termina em dezembro", escrevem os analistas da consultora Eurasia nesta domingo (25.07).
Num comentário à evolução da economia angolana, esta consultora norte-americana escreve que a pressão política que o Governo liderado por João Lourenço enfrenta vai também fazer com que as negociações para um segundo programa com o FMI sejam adiadas para depois das eleições.
"Manutenção dos subsídios do FMI"
"A manutenção dos subsídios aos combustíveis, apesar do programa do FMI, demonstra a pressão política sobre o Governo, nas vésperas das eleições de 2022, com os principais partidos da oposição a ganharem terreno nos maiores bastiões governamentais", lê-se na nota.
No ano passado, Luanda gastou 950 milhões de dólares, cerca de 806 milhões de euros, em subsídios que tornam os combustíveis mais baratos para os consumidores.
Só no primeiro trimestre deste ano esse valor foi de 264 milhões de dólares, equivalente a 224 milhões de euros, "colocando a despesa deste ano em subsídios numa trajetória mais elevada que no ano anterior", concluem os analistas.