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Angola: Seis detidos por agressões a polícias no Bengo

8 de maio de 2021

Na província angolana do Bengo, policiais estão a ser alvo de "violentas agressões" por parte de grupo de pessoas. Um agente afirma que foi atacado com catana e acusa os jovens de violência. Seis pessoas foram detidas.

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Angola | Paulo de Sousa
Foto: António Ambrósio

O agente da Polícia Nacional (PN), Santos Sebastião António, colocado no posto policial da Barra do Dande, conta à DW África que surpreendido por um grupo de pessoas que o agrediu em pleno exercício das suas funções. 

"São jovens que nos atacam. Alguns foram detidos. Odeiam-nos. Fui atacado de surpresa com catanas, não tinha como me defender, ofereci alguma resistência, mas acabei por perder os sentidos", disse Santos Sebastião.

Outro caso teve lugar na sede capital, Caxito, num dos bairros considerados "melindroso". Enquanto o carro-patrulha circulava pela zona do Kawango, em plena luz do dia, populares arremessavam pedras à viatura tal como confirma o porta-voz da Polícia Nacional, no Bengo, Paulo de Sousa.

Cenário fora do normal

"Tomamos conhecimento com muita preocupação que um giro (carro-patrulha) das nossas forças foi recebido apedrejado na zona do Kawango. Foram detidos seis jovens implicados nesta prática".

Angola | Bengo Health Center.
Hospital onde está internado o agente agredido à catana Foto: António Ambrósio

Para o docente universitário Amílcar de Armando pede mais respeito às forças de segurança por parte da população e pede que sejam tomadas medidas para pôr fim a estes ataques. Por seu lado, Teixeira de Andrade, também professor, diz que a polícia precisa melhorar a sua postura perante os populares.

"É claro que se a polícia, de maneira constante e insistente, vai tendo atitudes que de certa forma chocam a sociedade e que causam revoltas, poderemos ter cenários como esse. Embora que no caso do Kawango estamos num cenário fora do normal."

Continuam as reações de condenação e repúdio a dois vídeos que se tornaram virais a semana passada em Angola. Nas redes sociais, como Facebook e WhatsApp, assiste-se a agressão de agentes da polícia por parte de alguns jovens, sem que estes reajam. 

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