Ativistas julgados em Luanda por manifestação não autorizada
11 de abril de 2022Segundo o porta-voz da polícia, Nestor Goubel, as detenções dos 23 ativistas, incluindo três mulheres, surgiu por "desrespeito aos pressupostos" da lei sobre o direito de reunião e de manifestação.
O partido angolano Bloco Democrático (BD), na oposição, já disse, entretanto, que "deplora e repudia com veemência" as prisões dos referidos ativistas e refere que estes foram mantidos em "condições deploráveis nas masmorras da esquadra Farol das Lagostas ao arrepio da lei e em flagrante violação dos seus direitos de cidadania".
Em comunicado, o partido diz que foram detidos dezenas de ativistas, entre eles um membro da sua comissão política e três mulheres, nomeadamente uma grávida e outra com um bebé de seis meses.
"Estrs ativistas cívicos foram presos, porque pretendiam dar início à uma manifestação contra a Indra (empresa selecionada para gerir o processo eleitoral) e pela libertação dos presos políticos, no dia 09 de abril, apesar desta ter sido convocada nos termos da Constituição e da Lei da Liberdade de Manifestação e as autoridades competentes terem sido atempadamente notificadas do facto", lê-se no comunicado.