Banco Alemão de Desenvolvimento e o seu balanço anual em Moçambique
2 de fevereiro de 2011O Banco Alemão de Desenvolvimento, KFW, vai continuar a cooperar com o Moçambique nos esforços de desenvolvimento, apesar do país enfrentar algumas dificuldades em vários sectores. Por exemplo, a falta de manutenção das vias de acesso para o interior do país está a afectar sobretudo os camponeses que não encontram mercados para vender os seus excedentes agrícolas. E o Banco Alemão de Desenvolvimento, que financia este sector, refere que para complicar ainda mais este cenário, as condições climáticas de Moçambique não favorecem a manutenção regular das vias de acesso. Para o director do banco, Gert Jumtermanns, existe um bom modelo para assegurar a manutenção. Ele lembra que com a actual época das chuvas e com as condições de Moçambique é muito complicado manter a qualidade das estradas. Jumtermanns cita, por exemplo, a estrada nacional quatro e também em Sofala e Inhambane onde se pode realizar uma manutencão com custos mínimos.
KFW está contente com o balanço e promete mais
Numa entrevista balanço, o director da KFW revelou ainda que no setor de educação, futuramente vão ser criadas condições para a melhoria da qualidade do ensino. Em algumas escolas, principalmente na Zambézia, há falta de carteiras e o cenário agravou-se com a destruição de milhares de palmares provocada pela doença do amarelecimento letal do coqueiro. É que a madeira do coqueiro servia para a construção de bancos improvisados e portas para os estabelecimentos de ensino. Gert Jumtermanns, lembrou que a Alemanha contruibuia para este programa coordenado para além de apoiar na construção de salas de aula, mas o director do KFW diz que é preciso ter em conta a forma como se começam estes programas. Ele diz que atualmente a sua instituição aumentou muito a ajuda por forma dar mais oportunidades à escolarização das crianças.
O sector privado como diz aquela instituição bancária alemã, deve ser potenciado para minimizar o custo de vida, pois este sector cria muitos empregos. Gert Jumtermanns, disse o seguinte: “creio que devemos trabalhar mais para isso. E não devemos pensar que todos os gastos devem ser financiados pelo Estado. Por isso é muito importante aumentar o desenvolvimento do setor privado” .
Desde 2004 o KWF desembolsou mais de 70 milhões de Euros para vários projectos de desenvolvimento económico em Moçambique.
Autor: Romeu da Silva
Revisão: Nádia Issufo/António Rocha