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Cabo Delgado: Chefe da diplomacia da UE escolhe um enviado

Lusa
15 de dezembro de 2020

Impossibilitado por questões de agenda de deslocar-se a Moçambique, o chefe da diplomacia europeia nomeou o futuro presidente do Conselho da EU, Augusto Santos Silva, como seu representante numa visita ao país.

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Josep Borrell Foto: Mario Salerno/DW

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, revelou esta terça-feira, (15.12), que pediu ao ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva, que se desloque a Moçambique como seu enviado, para abordar com as autoridades locais a situação em Cabo Delgado. 

"Pedi ao ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, que assumirá a presidência [do Conselho da UE] dentro em breve, que se desloque à região como meu enviado pessoal, já que eu não posso ir por questões de agenda", anunciou Borrell durante um novo debate no Parlamento Europeu, em Bruxelas, sobre a crise humanitária e de segurança no norte de Moçambique.

E acrescentou ainda: "Pedi-lhe, como colega do Conselho, que dedique especial atenção durante a sua presidência ao que ocorre neste país, que de resto Portugal conhece muito bem".

Augusto Santos Silva
Augusto Santos SilvaFoto: Joao Carlos/DW

As reclamações na UE

Estas declarações do chefe da diplomacia europeia, surgem poucos dias depois de vários eurodeputados voltarem a reclamar um papel mais ativo e urgente da União Europeia face à crise humanitária em Moçambique.

As queixas tiveram lugar no início deste mês num debate sobre a situação na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, realizado conjuntamente nas comissões de Negócios Estrangeiros e de Desenvolvimento do Parlamento Europeu.

O debate contou com a participação da nova responsável pela política externa europeia em África, Rita Laranjinha, que admitiu ter também ficado "chocada e horrorizada com as atrocidades reportadas", que exigem que "todos os parceiros de Moçambique, incluindo a UE e os seus Estados-membros" prestem o apoio necessário.

A crise humanitária provocada pelos ataques armados na província de Cabo Delgado já provocaram mais de 500 mil deslocados.

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