Confrontos paralisam equipas em megaprojeto de gás
9 de dezembro de 2020De acordo com testemunhos ouvidos pela agência de notícias Lusa na vila de Palma (adjacente ao megaprojeto), apenas pequenos autocarros, transportando trabalhadores das obras do porto de Afungi - local de implantação da zona industrial de processamento de gás - têm circulado, com escolta militar.
As restantes equipas de outros empreiteiros que ali laboram noutras infraestruturas, num total que ascende a centenas de pessoas, deixaram de circular desde terça-feira e esta quarta-feira continuaram paralisadas, acrescentaram as mesmas fontes.
Segundo uma outra fonte, foram adiadas reuniões na área do megaprojeto, devido a restrições de segurança.
As medidas surgem depois de, na segunda-feira à tarde, um grupo de rebeldes ter atacado Mute, povoação a menos de 25 quilómetros do recinto de construção da Área 1, consórcio liderado pela petrolífera francesa Total.
A Lusa tentou obter esclarecimentos junta da Total, mas sem resposta até ao momento.
A 24 de agosto, a Total anunciou uma revisão do memorando de entendimento com o Governo moçambicano para a operacionalização de uma força conjunta para proteção do projeto.