Missão da UE deverá começar com 200 a 300 militares
10 de maio de 2021À margem do Conselho de Negócios Estrangeiros que reuniu em Bruxelas, na passada quinta feira (06.05), os ministros da Defesa da União Europeia (UE), Josep Borrell garantiu o envio a Moçambique de uma missão de formação militar da UE, em resposta ao pedido de assistência do país.
Numa entrevista ao órgão português, Renascença, publicada esta segunda feira (10.05), O Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança revela que a União Europeia pondera o envio inicial de 200 a 300 formadores militares para Moçambique.
Borrell admitiu também que o processo negocial está a ser lento em Bruxelas.
"A formação não é pouca coisa. Os exércitos necessitam de ser formados. Estamos a fazer muita formação em África e espero que os estados-membros se ponham de acordo para o fazer em Moçambique", explicou.
Presente no encontro em Bruxelas, João Cravinho, ministro da Defesa português, confirmou que Portugal poderá contribuir com militares até 50% da missão da UE. No entanto, Borrell avança, na mesma entrevista, que a dimensão da participação portuguesa está ainda a ser definida.
"Se é com metade ou com um terço, não sei. Mas é claro que Portugal tem um papel muito importante a desempenhar como motor e participante".
O que está a ser pensado para Moçambique trata-se de uma missão não executiva, que não vai estar situada na zona onde há conflitos, e dedicada essencialmente à formação de forças especiais moçambicanas, esclareceu na semana passada, o ministro da Defesa de Portugal.