Cabo Verde prorroga estado de calamidade em Santiago e Fogo
15 de novembro de 2020As ilhas cabo-verdianas de Santiago e do Fogo vão continuar em estado de calamidade, devido à Covid-19, pelo menos até 14 de dezembro, conforme resolução aprovada pelo Governo e que entrou em vigor este domingo (15.11).
Além de manter o estado de calamidade nas duas ilhas atualmente mais afetadas pela pandemia, a resolução prorroga, também por 30 dias, o estado de contingência nas restantes ilhas cabo-verdianas, mantendo o quadro de restrições e medidas que entraram em vigor a 1 de novembro.
"Volvidos 15 dias, as razões de fundo que haviam levado a que o Governo decretasse a situação de calamidade nas ilhas de Santiago e do Fogo ainda se mantêm, pelo que entende-se dever prorrogá-la nessas duas ilhas, bem assim como prorrogar a situação de contingência nas demais ilhas do arquipélago, por forma a que se garanta a manutenção das medidas de prevenção e contenção que se verificam pertinentes na presente conjuntura, com fundamento na necessidade de minimizar os riscos de transmissão da infeção", lê-se na resolução.
O atual estado de calamidade nas duas ilhas, que concentram a grande maioria dos casos ativos de Covid-19 no arquipélago, tinha sido prorrogado - mas com o desagravamento de várias medidas restritivas - no final de outubro por mais 15 dias, até às 23:59 de 14 de novembro, voltando agora a ser prorrogado.
Quase 10 mil casos no arquipélago
Cabo Verde regista atualmente um acumulado de 9.780 casos de Covid-19 diagnosticados desde 19 de março, com 102 óbitos associados à doença no mesmo período. Permanecem ativos atualmente 528 casos da doença, essencialmente distribuídos pela Praia (ilha de Santiago), com 243 doentes, e pelos três municípios da ilha do Fogo, com 125.
No caso do Fogo, os primeiros casos da doença só foram diagnosticados em agosto, e o aumento de novas infeções tem sido diário.
O Governo cabo-verdiano tinha prorrogado por mais 15 dias, até 14 de novembro, o estado de calamidade nas ilhas de Santiago e do Fogo, devido à Covid-19, decretando a situação de contingência nas restantes, incluindo no Sal (que até 31 de outubro estava também em estado de calamidade), desagravando várias medidas restritivas que estavam em vigor.