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CDD: Sobe para onze número de mortos nas manifestações

DW (Deutsche Welle)
27 de outubro de 2024

Boletim do Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD) avança que um total de onze pessoas foram "assassinadas pela polícia" durante as manifestações que tiveram lugar um pouco por todo o país nos últimos dias.

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Protesto em Maputo, Moçambique
"Resposta violenta por parte da Polícia da República de Moçambique" está a ter um "impacto negativo para os direitos humanos", diz CDDFoto: Silaide Mutemba/DW

Segundo um boletim do Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD) divulgado este domingo (27.10) "subiu para onze o número de pessoas assassinadas pela polícia durante as manifestações contra a fraude e o homicídio de Elvino Dias e Paulo Guambe". 

Destas onze pessoas, seis "foram assassinadas" na província de Nampula, destaca a organização não-governamental moçambicana. Só nas manifestações dos dias 24 e 25 de outubro, a província registou um total de 52 detenções, acrescenta o CDD.

"As manifestações populares motivadas pela fraude e pelo assassinato de Elvino Dias, advogado e assessor jurídico do candidato presidencial, Venâncio Mondlane, e Paulo Guambe, mandatário do partido PODEMOS, (...) estão a ter uma resposta violenta por parte da Polícia da República de Moçambique (PRM), resposta essa que está a ter um impacto negativo para os direitos humanos", pode ainda ler-se no boletim. 

O Centro para Democracia e Direitos Humanos avança também que "o número total de pessoas detidas, segundo dados da polícia e denúncias recebidas pela ONG, é de 452 pessoas".

"Com a intervenção do CDD e apoio da Ordem dos Advogados de Moçambique, 85 pessoas já foram libertadas, entre elas, 20 crianças e adolescentes".

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