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China impõe sanções a Nancy Pelosi após visita a Taiwan

DW (Deutsche Welle) | Lusa
5 de agosto de 2022

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China anunciou hoje que vai impor sanções contra a líder do Congresso dos EUA, depois da visita polémica de Nancy Pelosi a Taiwan, que Pequim considera fazer parte do país.

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Visita a Taiwan de Nancy Pelosi causou consternação em Pequim
Visita a Taiwan de Nancy Pelosi causou consternação em PequimFoto: Taiwan Presidential Office/REUTERS

Em comunicado divulgado hoje, o Governo chinês diz que Nancy Pelosi "interferiu seriamente nos assuntos internos da China", com a sua visita a Taiwan esta semana, "minando seriamente a soberania e integridade territorial" do país.

Pequim alega ainda que a líder do Congresso dos Estados Unidos da América (EUA) - a mais alta autoridade americana a visitar a ilha autónoma em 25 anos - não teve consideração pelas preocupações da China e pela oposição absoluta à sua visita à ilha.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China informa que, por isso, foi decidido impor sanções a Pelosi e à sua família, sem avançar, no entanto, que medidas concretas são essas. Este tipo de sanções é, geralmente, de natureza simbólica.

Cartazes de apoio à visita de Nancy Pelosi a Taipé
Cartazes de apoio à visita de Nancy Pelosi a TaipéFoto: Ann Wang/REUTERS

Pequim convoca diplomatas europeus

A China anunciou também que convocou os diplomatas europeus no país para protestar contra declarações emitidas pelo G7 (Grupo dos 7 países mais industrializados) e pela União Europeia (UE) a criticar os exercícios militares chineses ameaçadores perto de Taiwan, o que considera ser "uma interferência devassa nos assuntos internos da China".

A China enviou navios da Marinha e aviões de guerra e lançou mísseis no Estreito de Taiwan em resposta à visita de Nancy Pelosi a Taipei.

Cinco dos mísseis disparados pela China caíram na zona económica exclusiva do Japão, atingindo Hateruma, uma ilha ao sul do país, como afirmou o ministro da Defesa japonês, Nobuo Kishi.

O chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, criticou as manobras militares da China, considerando-as "provocações" que representam "uma escalada significativa" nas tensões. Para Blinken, não há "pretextos" para Pequim iniciar exercícios no Estreito de Taiwan.

Pequim reclama soberania sobre Taiwan e considera o território como uma província separatista, desde que os nacionalistas do Kuomintang se retiraram para a ilha em 1949, depois de perderem a guerra civil contra os comunistas.

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