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Angola: Chuvas fortes deixam rasto de destruição

Anselmo Vieira (Huíla) / Lusa10 de fevereiro de 2016

As chuvas fortes dos últimos dias provocaram inundações em milhares de residências nas províncias de Luanda e do Kwanza-Norte. Centenas de pessoas ficaram desalojadas. Escolas e centros de saúde também ficaram alagados.

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Chuvas em Luanda (foto de arquivo)Foto: DW/C. Vieira

As chuvas fortes dos últimos dias deixaram um rasto de destruição em muitas zonas da província de Luanda. O município de Viana, a 20 quilómetros da capital angolana, é o mais afetado: "Há muitas inundações em escolas, centros de saúde privados, ruas e cerca de três mil residências", informou o governador Higino Carneiro numa visita a Viana esta terça-feira (09.02).

"Além de constatar a situação, vim deixar algumas decisões no terreno e solidarizar-me com os sinistrados", disse à imprensa. Carneiro adiantou que foram entregues à administração do município 15 viaturas cisterna e bombas de alta capacidade para a sucção das águas.

Chuvas no Kwanza-Norte

A cerca de 200 quilómetros de Luanda, a capital da província do Kwanza-Norte, N'Dalatando, também tem sido atingida pelas enxurradas. Dezenas de residências foram inundadas. Mais de 170 famílias ficaram ao relento, de acordo com dados provisórios dos serviços de Proteção Civil e Bombeiros. Muitos populares ficaram sem os seus pertences.

"Entrou muita água em minha casa. Toda a roupa, todas as coisas de casa estavam molhadas. Aqui, não há nada que esteja bom", afirmou a moradora Florinda Inácia Bartolomeu.

Aflito sem saber onde alojar a família, outro popular, João Francisco, clama por ajuda: "Só salvei os meus filhos. A minha roupa estragou-se toda, as panelas e os baldes foram embora. Não sobrou nada. Não tenho meios e não sei onde vou ficar."

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Além destas famílias, outros 110 habitantes do município de Samba Cajú, cerca de 100 quilómetros a leste de N'Dalatando, também estão desalojados.

A Proteção Civil garante que as vítimas das inundações serão realojadas nos próximos dias. As autoridades do Kwanza-Norte reconhecem que o número de afetados pode ser muito maior. Por enquanto, estimam-se prejuízos de dezenas de milhares de kwanzas.