Angola: Convites para observadores internacionais
29 de junho de 2017Os convites começam a ser enviados a partir de sexta-feira (30.06.) conforme informação avançada esta quinta-feira (29.06.) pelo presidente da CNE, André da Silva Neto, no final de um encontro que manteve com o ministro do Interior de Angola, Ângelo Veiga Tavares.
André da Silva Neto considerou bastante frutífera a reunião, de iniciativa do titular da pasta do Interior, salientando que um dos assuntos abordados foi a presença dos observadores internacionais.
O presidente da CNE lembrou que os observadores internacionais "vão precisar não só de facilidade de vistos de entrada como de proteção para a sua integridade física para não sofrer qualquer moléstia".
Segundo André da Silva Neto, o plenário da CNE vai trabalhar sexta-feira e sábado para começar a expedir os convites para que as entidades venham observar as eleições."Estamos a trabalhar neste momento, o plenário da CNE ainda vai reunir esta semana, para formular os convites para os observadores internacionais, prevemos ao nível nacional e internacional, um total de 3 mil observadores, já estão definidas as quotas para os observadores internacionais", disse.
Transporte do material eleitoral e mapeamento
Além da questão dos observadores, o encontro serviu para abordar outros aspetos, entre as quais teve referência especial o assunto do mapeamento que está a ser levado a cabo, o transporte do material eleitoral, para os destinos indicados.
Acrescentou que o processo tem decorrido com normalidade, sem "constrangimento de qualquer natureza".
Por sua vez, o ministro do Interior disse que recebeu informações úteis sobre a organização do processo eleitoral, que vão facilitar a intervenção dos efetivos na garantia da segurança das eleições.Ângelo Veiga Tavares referiu que convidou a CNE a fazer parte do encontro previsto para julho com os partidos políticos concorrentes às eleições, para abordar questões sobre a segurança, para que as eleições decorram com tranquilidade.
"Recebemos da CNE todas as informações sobre a organização do processo, trocamos algumas impressões, transmitimos também algumas inquietações, alguns pontos de vista e iremos continuar a manter esse diálogo permanente até a realização do pleito eleitoral", disse.
O governante angolano reiterou que o comportamento de conduta adequada dos cidadãos, de respeito pela diferença, depende também dos discursos adequados dos partidos políticos.
"Se todos os cidadãos portarem-se bem, se entre políticos tiverem um discurso adequado, e nós temos estado a insistir muito nisso, nós pensamos que não haverá perturbações no processo", concluiu.