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Comando de Luanda confirma detenção de Domingos "Magno"

Manuel Luamba (Luanda)22 de outubro de 2015

Ativista detido em 15 de outubro foi transferido para Comarca de Viana. Ele é acusado de "falsa qualidade" por pretender entrar na Assembleia Nacional angolana.

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Foto: CC BY-SA 3.0

O Comando Provincial da Policia de Luanda confirmou à DW África a detenção do ativista angolano Domingos "Magno", de 38 anos e um dos principais repórteres da página na Internet Central Angola 7311.

Ele foi preso na última quinta-feira (15.10) por agentes do Serviço de Inteligência e Segurança de Estado nos arredores da Assembleia Nacional em Luanda. O ativista pretendia assistir à sessão de abertura do ano legislativo 2015/2016, em que o vice-presidente Manuel Vicente fez o Discurso à Nação.

Sem gravar entrevista o porta-voz do Comando da Polícia de Luanda, inspector chefe Mateus Rodrigues, limitou-se a dizer que "o caso foi entregue ao Serviço de Investigação Criminal para o devido tratamento."

Segundo o site Maka Angola, "Magno" está a ser acusado do crime de "falsa qualidade". O portal relata que o ativista foi interrogado várias vezes por agentes que queriam saber "se há mandantes políticos por detrás do seu activismo". O site relata ainda que dois dias antes da detenção, Domingos Magno recebeu ameaças nas redes sociais.

A ativista Ermelinda Freitas, que está acompanhar o caso, diz que Domingos foi "vítima de uma armadilha" e que ele nem sequer chegou a entrar na Assembleia Nacional.

"Ele foi a convite de uma certa pessoa. Alguém lhe deu um convite para um lugar, só que aquilo foi uma armadilha porque as pessoas que estavam nos arredores prenderam-lhe a 200 ou 300 metros da Assembleia, logo não é crime porque ele nem tentou entrar na Assembleia”, conta.O acusado passou alguns dias na 2ª Esquadra de Polícia do Distrito Urbano da Ingombota, em Luanda. Uma fonte familiar garantiu que ele "foi transferido esta quarta-feira (21.10) para Cadeia de Viana e goza de boa saúde."

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Solidariedade

Ermelinda Freitas espera que Domingos possa aguardar o julgamento em liberdade. Em apoio, foi criado um grupo de solidariedade ao ativista. Os advogados da Associação Cívica Mãos Livres estão a prestar o patrocínio judiciário.

"Eu fiquei com a responsabilidade de contactar os advogados da Mãos Livres. Outros amigos bem chegados ao Domingos vão ajudar com a parte financeira para as deslocações e a comida, ir às esquadras e ficar de plantão para qualquer eventualidade", explica.