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Combate à fome em Moçambique tem reforço alemão

Lusa | tms
19 de dezembro de 2017

Alemanha já apoia a segurança alimentar em Moçambique desde o final de 2016, mas garantiu um reforço de quase três milhões de euros para 2018. População castigada pela seca será maior beneficiada.

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Symbolbild Afrika Mosambik Ernährung Hunger Kinder
Foto: picture-alliance/dpa/M. Kappeler

As necessidades alimentares de pelo menos 85 mil moçambicanos serão garantidas em 2018 com a ajuda da Alemanha. O Governo alemão vai reforçar com 2,6 milhões de euros um apoio que já mantém a Moçambique desde o final de 2016, através do Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas (PAM), com recursos que totalizam 13 milhões de euros.

"O objetivo desta nova contribuição é continuar a apoiar as populações mais vulneráveis para a melhoria da situação de segurança alimentar e, a médio prazo, reforçar a capacidade de resiliência das comunidades face aos eventos climáticos extremos", disse o Embaixador da Alemanha em Moçambique, Detlev Wolter.

Ainda segundo o embaixador, a ajuda adicional visa também reduzir o índice de absentismo em escolas por parte de alunos e professores. "Providenciar refeições aos alunos aumenta os índices de matrículas, aumenta a frequência e reduz o abandono escolar", ressaltou.

Do total de 85.500 pessoas que devem ser beneficiadas com o apoio adicional em 2018, cerca de 55.500 devem receber assistência alimentar para participar em projectos de construção e restauração de bens sociais nas suas próprias comunidades. Outros 30 mil serão abrangidos pelo PAM nas localidades mais afetadas pela seca no sul de Moçambique.

Apoio reduz efeitos da secaA representante e diretora nacional do PAM, Karin Manente, afirmou que a colaboração alemã vai assegurar as refeições escolares para os estudantes durante todo o ano letivo de 2018, nas áreas atendidas pelo programa.

Mosambik Chicualacuala Wasserknappheit
Seca na província de Gaza, no sul de Moçambique (Foto de Arquivo/2016)Foto: DW/E. Saúl

"Esta contribuição servirá de apoio às comunidades vulneráveis a serem mais resilientes a longo prazo, enquanto elas recuperam seus meios de vida depois da seca do ano passado e face ao período de escassez que se aproxima. Manter as crianças nas escolas também é uma prioridade para as comunidades. As crianças podem concentrar-se e aprender melhor quando suas necessidades energéticas são supridas", disse Manente.

A Alemanha já colaborou com mais de 2 mil milhões de euros para o trabalho da PAM em todo o mundo, só nos últimos cinco anos. Mais recentemente, o país doou 8 milhões de dólares para o combate à fome no Sudão do Sul, beneficiando pelo menos 180 mil pessoas castigadas pelos conflitos naquela região.

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