Conselho de Segurança apoia proposta de EUA para cessar-fogo
11 de junho de 2024O plano de cessar-fogo em três fases foi inicialmente apresentado no final de maio e foi descrito pelo Presidente dos EUA, Joe Biden, como uma "iniciativa israelita".
Durante a sua atual visita à região, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, afirmou que Israel aceita o plano, mas nem todos os membros do Conselho de Segurança estão convencidos.
O projeto de resolução congratula-se com a proposta de cessar-fogo, que "Israel aceitou" - uma alteração fundamental em relação aos projetos anteriores.
A proposta faz um apelo ao Hamas para que também aceite o plano e insta ambas as partes a aplicarem integralmente os seus termos, "sem demora e sem condições".
De acordo com a proposta, Israel retirar-se-ia dos centros populacionais de Gaza e o Hamas libertaria os reféns. O cessar-fogo teria uma duração inicial de seis semanas e poderia ser prolongado à medida que os negociadores procurassem pôr um fim permanente às hostilidades.
Além disso, o projeto afirma que "se as negociações demorarem mais de seis semanas para a primeira fase, o cessar-fogo continuará enquanto as negociações continuarem."
Hamas pronto a cooperar com mediadores
O grupo palestiniano Hamas congratulou-se com a adoção da resolução da ONU sobre o cessar-fogo, redigida pelos Estados Unidos, e afirmou estar disposto a cooperar com os mediadores na aplicação do plano.
Em comunicado, o Hamas declarou que "acolhe favoravelmente a resolução do Conselho de Segurança e gostaria de reafirmar a sua disponibilidade para cooperar com os irmãos mediadores para encetar negociações indirectas sobre a aplicação destes princípios."
O grupo anunciou ainda que iria cooperar para implementar termos "que sejam consistentes" com as exigências do seu povo e da resistência. O Hamas está classificado como organização terrorista por muitos países, incluindo os EUA, Israel e a UE.
"Até agora, há sinais positivos. Esperamos que esta proposta seja aceite", disse o ministro palestiniano dos Negócios Estrangeiros, Riyad al-Maliki, a uma estação de rádio regional.
O texto da resolução foi finalizado no domingo (09.06), após uma semana de negociações entre os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU.
Para ser aprovada, uma resolução requer pelo menos nove votos a favor e nenhum veto por parte dos Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, China ou Rússia.