Covid-19: Cerco sanitário no maior distrito são-tomense
9 de maio de 2020A medida, em vigor desde a noite desta sexta-feira (08.05) até às cinco horas locais de segunda-feira (11.05), consta de um despacho conjunto assinado pelo primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Jorge Bom Jesus, e pelo ministro da Defesa e Ordem Interna, Óscar Sousa.
"Durante esse período só poderá haver entrada e saída para profissionais de saúde, pessoas em situações de emergência médica e para o abastecimento do distrito com bens essenciais", refere o despacho.
O Governo justifica a decisão com a evolução da pandemia da Covid-19 no país, que "tem conhecido um aumento exponencial de casos positivos, sobretudo no distrito de Água Grande", bem como a necessidade "urgente de se reforçar as medidas de distanciamento social de forma a diminuir a cadeia de contágio".
O Executivo defende ainda no despacho "a necessidade de aumentar as ferramentas de despistagem" da Covid-19 neste distrito.
Na sexta-feira (08.05), o Ministério da Saúde anunciou mais quatro novas infeções pelo novo coronavírus, aumentando para 212 pessoas infetadas no país, que já conta cinco óbitos.
Fonte hospitalar indicou que quase metade dos pacientes (98) são residentes no distrito de Água Grande, o maior do país.
Desde quarta-feira (06.05), vigora o confinamento obrigatório e a população só pode sair de casa para compras rápidas ou situações de emergência médica.
Covid-19 nos PALOP
Até ao momento, entre os países africanos que têm o português como língua oficial, a Guiné-Bissau lidera em número de infeções com 594 casos e dois mortos, seguindo-se a Guiné Equatorial com 439 infetados e quatro mortos), Cabo Verde registou 230 infeções e duas mortes, Moçambique contabiliza 82 de Covid-19 e Angola 43 infetados e dois mortos.
Este sábado (09.05), o número de mortos devido à Covid-19 em África subiu para 2.151, em quase 58 mil casos da doença registados em 53 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.