Covid-19: Dezenas pedem ajuda para sair da Guiné-Bissau
19 de março de 2020Mais de 150 estrangeiros procuraram a embaixada portuguesa na Guiné-Bissau para pedir ajuda a fim de deixar o país. O motivo é o avanço da pandemia de covid-19. A maioria dos cidadãos que foram à embaixada é portuguesa.
O pedido ocorre num momento em que não há registos de infeções por coronavírus na Guiné-Bissau. Por outro lado, o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa declarou estado de emergência em Portugal - país que registou dois mortos e 642 casos de infeção pelo novo coronavírus – e a União Europeia encerrou as suas fronteiras.
Entre os que solicitaram auxílio para regressar aos seus países de origem estão, segundo a mesma fonte, pessoas doentes, que são prioritárias, cidadãos portugueses residentes e não-residentes na Guiné-Bissau, bem como cidadãos de outros países da União Europeia e dos PALOP.
A fonte da agência Lusa explicou que as pessoas os nomes e contactos das pessoas estão a ser registados pela embaixada.
As autoridades da Guiné-Bissau encerraram as fronteiras terrestres, aéreas e marítimas no âmbito do combate à pandemia do novo coronavírus, com ressalva para evacuações médicas, abastecimento de medicamentos e para importações de bens alimentares de primeira necessidade.
Foram também encerrados todos os mercados a nível nacional, excetuando a venda de produtos alimentares, interditadas praias e piscinas, igrejas, mesquitas e outros locais de culto religioso às sextas-feiras, sábados e domingos.
As escolas públicas e privadas foram igualmente encerradas, bem como bares, restaurantes e outros locais onde se pode comer e beber.
No continente africano há 33 países afetados pela pandemia de Covid-19, que conta já quase 600 casos, entre os quais o Senegal e a Guiné-Conacri, que fazem fronteira com a Guiné-Bissau. A Organização Mundial de Saúde pediu aos países do continente africano para se prepararem para o pior.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 200 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8,2 mil morreram.