Covid-19: Bissau receberá 12 mil doses da vacina Astrazeneca
21 de março de 2021A Guiné-Bissau "irá receber 12 mil doses de vacina Astrazeneca, uma doação do grupo sul-africano MTN", que tem estado a apoiar o combate à pandemia através da União Africana (UA), refere, em comunicado divulgado à imprensa, o Alto Comissariado para a Covid-19 na Guiné-Bissau.
"O Alto Comissariado para a Covid-19 e o Governo [de Bissau] continuam a mobilizar esforços junto dos parceiros para garantir uma cobertura vacinal no país que esteja em linha com as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e que garanta uma imunidade de grupo", salienta o comunicado.
A Guiné-Bissau aprovou o uso de três vacinas, homologadas pela OMS, contra a infeção provocada pelo novo coronavírus, nomeadamente a Pfizer/BioNTech, Astrazeneca/Oxford e AstraZeneca do Serum Institute da Índia.
Plano Nacional de Vacinação
Em relação ao Plano Nacional de Vacinação, o Alto Comissariado explicou recentemente que numa primeira fase prevê atingir "20% da população guineense", dando prioridade aos profissionais de saúde, pessoal de apoio da saúde, agentes de saúde comunitária, doentes com HIV/Sida, tuberculose, diabetes, doenças cardiovasculares, respiratória e doentes renais crónicos.
O Plano, a ser executado em três fases, visa atingir 70% da população guineense, por forma a criar uma imunidade de grupo que possa favorecer uma redução significativa da transmissão.
O Covax [mecanismo de distribuição universal e equitativa de vacinas contra a Covid-19 cogerido pela OMS] já anunciou que a Guiné-Bissau vai receber 120 mil doses de vacinas da fabricante AstraZeneca, até final de maio.
Banco Mundial
O Banco Mundial prevê apoiar a Guiné-Bissau para a cobertura de cerca de 15% da população, sendo que o Covax promete fornecer vacinas para cerca de 20% da população.
A Guiné-Bissau regista um total acumulado de 3.558 casos de infeção pelo novo coronavírus, que já provocou a morte a 55 pessoas.
Na sequência do aumento de casos que se tem registado desde o início do ano, o Governo guineense decidiu prolongar o estado de calamidade por mais 30 dias, até 25 de março.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.702.004 mortos no mundo, resultantes de mais de 122,2 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.