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Covid-19: "Os números não mentem", diz Filipe Nyusi

Lusa
13 de agosto de 2021

Falando à Nação, esta sexta-feira (13.08), o Presidente moçambicano confirmou a pressão que a terceira vaga da pandemia provocada pela Covid-19 está a fazer no setor da saúde e apelou à vacinação.

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Mosambik Pemba | Filipe Nyusi
Foto: DW

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse, esta sexta-feira (13.08), que o sistema de saúde moçambicano está a sofrer a pressão da terceira vaga da pandemia, alertando que os números mostram que o país ainda vai atravessar um período mais difícil.

"Os números não mentem, eles captam e dão sentido a uma realidade que muitos de nós ainda não dão importância", disse o chefe de Estado moçambicano, numa declaração à nação a partir da Presidência da República.

Os dados apresentados, esta sexta-feira, pelo chefe de Estado indicam que o mês de julho registou o maior número de casos desde o início da pandemia em Moçambique, em março do ano passado, com um total de 45.806 casos, mais de 1.900 internamentos e 555 mortes.

Os números registados em agosto, prosseguiu o Presidente, provam que a situação pode piorar, com o país a registar um total de 15.385 casos, 649 internamentos e 256 mortes só nos primeiros 13 dias deste mês.

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"A situação epidemiológica do nosso país, apesar de tender a estabilizar-se nos últimos dias, não mostra ainda sinais de melhoria substancial", acrescentou Filipe Nyusi, pedindo que as populações adiram a campanha de vacinação que decorre em todo país, onde pelo menos um milhão de pessoas já tomaram a primeira dose da vacina, segundo estatísticas oficiais.

Filipe Nyusi decidiu manter, por mais 30 dias, as medidas adotadas em 15 de julho, quando agravou as restrições para prevenção da covid-19 no arranque da terceira vaga no país.

Medidas em vigor

Entre as medidas destaca-se o início do recolher obrigatório noturno, que recuou das 22:00 para as 21:00 (20:00 em Lisboa) e aplica-se a todas as cidades e vilas.

Todos os eventos sociais, públicos ou privados, estão interditos, exceto casamentos e funerais, em que será permitida apenas a presença de um número reduzido de pessoas.

Todos os horários estão mais restritivos, com a restauração, padarias, pastelarias e lojas de conveniência a fechar às 18:00 (17:00 em Lisboa).

Nas viagens internacionais, só as crianças com menos de 5 anos ficam dispensadas de teste negativo à entrada em Moçambique (o limite era 12 anos) e a validade dos testes para múltiplas entradas é reduzida de 14 para sete dias.

"Temos esperança de que a manutenção das medidas restritivas continuará a ter um efeito na redução da transmissão do novo coronavírus", declarou o chefe de Estado moçambicano.

Desde o anúncio do primeiro caso em março do ano passado, Moçambique contabiliza 1.671 óbitos e 136.566 casos positivos, dos quais 84% recuperados da doença.

 

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