Daviz Simango é o candidato do MDM às presidenciais
31 de março de 2014
O Conselho Nacional do Movimento Democrático de Moçambique, MDM, elegeu Daviz Simango para concorrer pelo Partido às eleições presidenciais de 15 de outubro próximo.
Simango, que foi o único pré candidato, obteve 94 por cento dos votos e nenhum contra. Os restantes votos foram nulos.
O seu manifesto eleitoral, aprovado pelo Conselho Nacional assenta na preservação da paz, coesão entre os moçambicanos, consolidação da unidade nacional e da democracia, desenvolvimento económico e criação de emprego.
Daviz Simango lista as outras linhas de força do seu manifesto eleitoral: "Desenvolvimento do capital social com enfoque para a juventude, a nossa cara de Moçambique dinámico, e a elevação do estatuto da mulher. Por outro lado pretendo reforçar a participação de Moçambique no contexto internacional."
Simango, filho de um ex-membro da FRELIMO
Daviz Simango, de 50 anos de idade, é filho de Urias Simango, que foi o Primeiro vice-presidente da FRELIMO, durante a luta armada pela independência do país.
Licenciado em Engenharia civil, Simango, tornou-se edil da Beira em 2003 em representação do maior partido da oposição, a RENAMO. Em 2008 concorreu à sua sucessão como independente e saiu vencedor.
Em março de 2009 criou um novo partido, o Movimento Democrático de Moçambique, MDM, com o qual foi reeleito edil da Beira em novembro do ano passado.
Daviz Simango foi premiado pela revista Professional Manangement Review-África como o melhor Presidente de todos os municípios em Moçambique em 2006, 2008 e 2009.
Ele tem agora o desafio de em pouco mais de seis meses divulgar o seu manifesto eleitoral, mas mostra-se confiante na vitória. Daviz Simango acredita em igualdade quando diz: "Chegou a hora de Moçambique para todos vencer."
Vantagem moral
O Movimento Democrático de Moçambique acredita ter saído fortificado com as recentes vitórias nas eleições autárquicas ao conquistar a presidência de três das quatro principais cidades do país, nomeadamente Beira, Nampula e Quelimane.
Nestas eleições o MDM conseguiu obter, pela primeira vez, a maioria de assentos em algumas autarquias do país enquanto noutras, incluindo a capital, passou a contar com vários representantes nas Assembleias municipais.
O MDM torna-se assim no segundo partido a indicar o seu representante às presidenciais de 15 de outubro, depois da FRELIMO que designou o então ministro da Defesa, Filipe Nyusi.
Nyusi encontra-se já a realizar uma pré-campanha eleitoral que tem motivado críticas, pelo facto de ele ter sido apresentado como candidato da FRELIMO pelo Presidente, Armando Guebuza, em comícios populares que orientou na qualidade de Chefe de Estado nas províncias nortenhas do Niassa e Cabo delgado.