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Desarmamento de ex-guerrilheiros da RENAMO atinge os 90%

Lusa
4 de novembro de 2022

O desarmamento dos ex-guerrilheiros da RENAMO, principal partido da oposição em Moçambique, chegou aos 90%, anunciou o enviado pessoal do secretário-geral das Nações Unidas ao país. O próximo desafio será a reintegração.

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Ex-guerrilheiros da RENAMO
Foto: Roberto Paquete/DW

O enviado pessoal do secretário-geral das Nações Unidas a Moçambique, Mirko Manzoni, anunciou esta sexta-feira (04.11) o encerramento de mais duas bases da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO) nos distritos de Mocuba e Sabe, na província de Zambézia, o que coloca em "mais de 800 ex-combatentes" o grupo que entregou armas em quatro semanas.

"Estes passos elevam o número total de desmobilizados para cerca de 90% do total de beneficiários do desarmamento, desmobilização e reintegração (DDR), um feito significativo", acrescentou.

Próximo desafio: reintegração

O próximo desafio é conseguir que a reintegração aconteça, para que ninguém volte a pegar em armas como noutros processos semelhantes.

Manzoni referiu que a reintegração efetiva dos beneficiários de DDR na vida civil é fundamental para a sustentabilidade do processo. "Apelamos a todas as partes interessadas que desempenhem um papel positivo no fomento da paz em Moçambique", concluiu Manzoni.

O processo de DDR faz parte do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional assinado a 06 de agosto de 2019 entre o chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, e o líder da RENAMO, Ossufo Momade. Durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas, o primeiro-ministro moçambicano, Adriano Maleiane, disse que o Governo conta concluir o DDR ainda este ano.

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