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ConflitosIsrael

Israel: Diplomacia intensifica-se no Médio Oriente

tm | com agências
8 de janeiro de 2024

Alemanha, UE e EUA buscam contenção em Gaza. Ministra alemã apela a Israel, enquanto confrontos entre Hezbollah e Israel se intensificam. Em meio à tensão, EUA alertam para risco de alastramento do conflito.

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A ministra alemã enfatizou que a segurança de Israel também depende da minimização de baixas civisFoto: Dominik Butzmann/AA/photothek/picture alliance

A Alemanha, a União Europeia (UE) e os Estados Unidos deram início a uma nova rodada de esforços diplomáticos no Médio Oriente neste domingo. Em Jerusalém, a ministra alemã dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, fez um apelo a Israel para exercer mais contenção na guerra travada na Faixa de Gaza, destacando a necessidade de uma gestão menos intensiva das operações israelitas.

"Está a tornar-se cada vez mais claro que o exército israelita tem de fazer mais para proteger os civis em Gaza. Tem de encontrar formas de combater o Hamas sem prejudicar tantas vidas palestinianas", declarou Baerbock.

Apesar do histórico de apoio incondicional de Alemanha a Israel desde o início da guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza, a ministra alemã enfatizou que a segurança de Israel também depende da minimização de baixas civis.

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"A forma como o governo israelita está a conduzir esta guerra, como está a pensar nas consequências, a forma como o governo israelita vê e quer aliviar o sofrimento dos palestinianos, afeta a própria segurança de Israel", afirmou Baerbock.

Soluções urgentes

Baerbock destacou o compromisso em apoiar israelitas e palestinianos na busca por uma solução de dois Estados, ressaltando a preocupação com a construção ilegal de colonatos como um obstáculo para a paz duradoura na região.

Durante sua visita a Israel, a ministra anunciou a disposição da Alemanha em autorizar a venda de aviões de combate Eurofighter à Arábia Saudita, considerando o país árabe um parceiro-chave para a segurança de Israel.

Esta é a quarta visita de Baerbock ao Médio Oriente desde o início do conflito entre Israel e o Hamas. Além de se reunir com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, ela planeja visitar o Egito e o Líbano, onde confrontos entre o Hezbollah e Israel têm se intensificado.

Os ataques do Hezbollah a posições militares israelitas aumentaram após um suposto bombardeamento israelita em Beirute na semana passada. O movimento xiita libanês retaliou lançando mais de 62 foguetes contra o território israelita.

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Preocupação global

Enquanto isso, em Doha, no Qatar, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, alertou para o risco de a guerra em Gaza se alastrar e pediu esforços para conter o conflito, considerando-o uma preocupação global.

Esta segunda-feira, Blinken deve manter conversações nos Emirados Árabes Unidos e na Arábia Saudita, antes de partir para Israel que, entretanto, promete continuar a lutar até que o Hamas seja eliminado.

Apesar dos esforços diplomáticos, a violência persiste na região. Uma menina palestiniana foi morta por tiros disparados pela Polícia de Fronteiras de Israel em Jerusalém, e dois jornalistas palestinianos foram mortos em um ataque israelita na Faixa de Gaza, considerado pela Al Jazeera como um "assassinato seletivo". Mais de 600 doentes foram obrigados a abandonar um hospital em Gaza devido a ordens do exército israelita.

Segundo fontes palestinianas, desde 7 de outubro, a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas resultou em cerca de 23 mil mortos e mais de 58 mil feridos palestinianos. Na próxima quinta-feira, 15 juízes deverão ouvir o pedido da África do Sul em Haia, acusando Israel de cometer crimes de genocídio no enclave palestiniano de Gaza no âmbito do conflito contra o grupo terrorista Hamas.

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