Donald Trump: NATO está bem e recomenda-se
13 de julho de 2018"Fizemos hoje tremendos progressos, as despesas dos nossos aliados em defesa aumentaram em cerca de 33 mil milhões de dólares no desde o ano passado. A ligação dos estados Unidos é muito forte e manter-se-á muito forte", disse Donald Trump.
Numa conferência de imprensa na quinta-feira (12.07), no final de uma reunião de emergência dos 29 membros da aliança atlântica sobre os contributos financeiros, e questionado sobre uma hipotética ameaça de os Estados Unidos se retirarem da organização transatlântica, Trump disse que provavelmente o poderia fazer, "mas não é necessário", face à resposta dada pelos aliados, que aumentaram substancialmente as despesas desde o ano passado.
"Eu acredito na NATO, penso que é uma das melhores alianças militares que alguma vez se fizeram na História. Mas os Estados Unidos têm sido muito penalizados, pois suportam entre 70% e 90% das despesas, dependentemente do método dos cálculos. E isso no é justo para os Estados Unidos", sublinhou o chefe de Estado norte-americano.
Apoio depois de lançado o pânico
Donald Trump reafirmou finalmente o apoio dos Estados Unidos à NATO, depois de um dia antes ter lançado o pânico. Sobretudo a Alemanha e a sua chefe de governo, a chanceler Angela Merkel, foram veementemente criticadas pelo Presidente norte-americano, que afirmou repetidamente que Berlim não assume as suas responsabilidades financeiras no seio da NATO, tendo prometido gastar 2% do Produto Interno Bruto (PIB) em defesa, chegando, na realidade, a pouco mais de 1%.
O Presidente norte-americano afirmou ainda que a Alemanha continuaria à espera que os Estados Unidos paguem pela defesa da Alemanha, enquanto Berlim assinaria contratos bilionários sobre o fornecimento de gás russo, contra os interesses económicos, estratégicos e de segurança de países aliados, como os países bálticos ou a Polónia.
Angela Merkel parece ter entendido a mensagem. "Eu deixei bem claro em nome da Alemanha que nós sabemos o que temos de fazer e gastar mais. Isso, aliás, já está a ser posto em prática. Fazêmo-lo para os nossos soldados, mas também para a aliança", declarou a chanceler.
"Chegámos à conclusão de que isso era necessário o mais tardar depois do ataque contra a Ucrânia e da anexação da Crimeia. Temos de enfrentar ainda outros desafios, por exemplo na Síria e no Iraque, com as atividades do Estado Islâmico e de outras organizações terroristas." , acrescentou Merkel.
Donald Trump seguiu de Bruxelas para a Grã-Bretanha, deixando uma nota positiva da cimeira da NATO: "Temos agora uma NATO mais forte e unida, muito mais forte do que era ainda há dois dias."