Eleições: Timor-Leste elege novo Parlamento
22 de julho de 2017Os cidadãos de Timor-Leste elegeram este sábado (22.07), numa jornada caracterizada pela normalidade, o novo Parlamento nacional, que terá como prioridades garantir o futuro económico do país, combater a corrupção, reduzir o desemprego e aliviar a pobreza.
A votação transcorreu com normalidade, sem incidentes graves e com uma boa participação, segundo afirmou em Díli o presidente da Comissão Eleitoral Nacional, Alcino Baris.
Fontes da missão da União Europeia (UE), que supervisionou estas eleições legislativas, também outorgaram uma boa nota ao desenvolvimento da jornada.
"Podemos dizer que até agora está a ser uma eleição exemplar. A abertura fez-se a tempo em todas as mesas, os materiais distribuíram-se corretamente, os procedimentos foram seguidos corretamente, houve transparência total, sem obstáculos e sem qualquer queixa na abertura", afirmou a eurodeputada basca Izaskun Bilbao Barandica.
Resultados
A Comissão Eleitoral Nacional pretende anunciar o resultado oficial no início de agosto, mas se espera ter antes uma ideia do que decidiram os timorenses com os seus votos.
Entre os 20 partidos e uma coalizão que disputam as 65 cadeiras do legislativo unicameral, o Conselho Nacional para a Reconstrução do Timor-Leste (CNRT) e a Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin) partem como favoritos.
Ambas as legendas controlaram a última legislatura com 55 assentos, e alcançaram há dois anos um acordo de Governo de unidade que ofereceu estabilidade à jovem nação com uma população de 1,2 milhões de habitantes.
Participação
Aproximadamente 760 mil pessoas estavam convocadas às urnas, e 20% destas eram novos eleitores. O índice de participação dos timorenses rondou 70% nas últimas eleições, as presidenciais de março de 2017 e as legislativas de 2012.
Por sua parte, a polícia qualificou nesta semana a campanha eleitoral como a mais tranquila desde o nascimento da nação, em 2002.
Em maio, ex-guerrilheiro, ex-presidente da Assembleia Constituinte e ex-presidente do Parlamento Nacional, Francico Guterres Lu-Olo assumiu a presidência do país.