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Empresário moçambicano Bachir Sulemane raptado em Maputo

Romeu da Silva (Maputo)13 de novembro de 2014

O proprietário do maior centro comercial da capital moçambicana foi raptado, quarta-feira, numa das zonas mais movimentadas de Maputo. Momade Bachir Sulemane foi classificado pelos EUA como um "barão da droga", em 2010.

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Foto: picture-alliance/dpa

O proprietário do Maputo Shoping Center foi raptado por homens armados. Os raptores ficaram no local durante seis horas até Momade Bachir Sulemane sair do Maputo Shoping Center, também conhecido por edifício MBS (Momade Bachir Sulemane).

Testemunhas relatam que desconfiaram de alguns indivíduos que supostamente controlavam todos os movimentos do empresário, de 56 anos, desde as primeiras horas da manhã.

Segundo uma testemunha, que falou à DW África na condição de anonimato, o empresário despedia-se de amigos e familiares quando foi raptado. “Estava a lavar um carro aqui. Quando isso aconteceu de repente, fiquei assustado”, conta.

Cenário de pânico

O cenário foi de pânico quando o empresário foi abordado por dois homens armados que de seguida o arrastaram para uma viatura, relata ainda a testemunha.

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Outra testemunha, um polidor de viaturas na zona baixa da cidade de Maputo, conta que os raptores ficaram à espera do empresário, enquanto lavavam o seu próprio carro.

“Chegaram aqui e disseram que queriam lavar o carro. Disseram que pagavam qualquer preço. Enquanto o rapaz lavava, um dos homens entrou na viatura a mexer o telemóvel e de repente vimos mais dois homens a saírem com o empresário do estabelecimento.”

Familiares de Momed Bachir Sulemane confirmaram o rapto num comunicado de imprensa, sem avançar detalhes

“Barão da droga” segundo EUA

O empresário foi associado ao tráfico de drogas pelos Estados Unidos da América (EUA), que o classificaram como um barão da droga, em 2010. Acusaram-no, então, de importar droga da Índia e do leste da Ásia que tinha como destino a Europa.

O Departamento de Tesouro norte-americano congelou, a partir de então, todos os bens que Momade Bachir Sulemane possuía nos EUA.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) de Moçambique investigou o caso, mas num relatório tornado público em 2011 disse não ter encontrado provas que sustentassem as acusações dos Estados Unidos.