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Etiópia: ONU apela a um cessar-fogo

Lusa
6 de novembro de 2021

Em comunicado, Conselho de Segurança da ONU exige "criação de condições que permitam lançar um diálogo nacional inclusivo" para resolver a crise no país. Estados Unidos recomendam aos seus cidadãos que abandonem o país.

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Äthiopien Tigray Konflikt l Gedenkgottesdienst in Addis Abeba
Foto: Eduardo Soteras/AFP

O Conselho de Segurança das Nações Unidas apelou a um cessar-fogo na Etiópia e manifestou "profunda preocupação" com a escalada do conflito neste país.

Num comunicado lido aos jornalistas pelo embaixador do México nas Nações Unidas, Juan Ramón, os membros do Conselho de Segurança da ONU "pedem o fim das hostilidades e a negociação de um cessar-fogo duradouro", exigindo também "a criação e condições que permita lançar um diálogo nacional inclusivo" que possa levar à resolução da crise.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas reúne-se na próxima segunda-feira (08.11), na sequência do adiamento da reunião que estava marcada para hoje.

Os 15 países membros que têm defendido que se chegue a acordo sobre uma posição comum emitiram este comunicado numa altura em que,após um ano de guerra, os rebeldes de Tigray ameaçam marchar sobre Adis Abeba.

"Muito instável"

"A situação de segurança na Etiópia é muito instável", alerta a Embaixada dos EUA em Adis Abeba que, por conseguinte, recomenda que todos os cidadãos americanos que se encontrem na Etiópia abandonem o país o mais rapidamente possível". Também a Suécia e a Noruega exortaram os seus cidadãos a sair. E o Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão desaconselhou as viagens ao país, advertindo contra a permanência nas regiões de Tigray, Amhara e Afar.

Esta sexta-feira (06.11), foi notícia que nove grupos rebeldes etíopes -- incluindo os da região de Tigray - anunciaram que se aliaram contra o Governo do primeiro-ministro Abiy Ahmed, numa fase em que a guerra se intensificou. 

À DW, o investigador de paz norueguês, Kjetil Tronvoll, afirma que, na sua opinião, "não vai haver uma transferência negociada de poder".

A TPLF afirmou na quarta-feira ter chegado à cidade de Kemissie, na vizinha região de Amhara, a 325 quilómetros a norte da capital. Uma informação que foi negada pelo governo etíope, que voltou a reforçar que não vai recuar nesta "guerra existencial".

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