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Eurodeputados exigiram maior empenho da UE na Guiné-Bissau

23 de maio de 2012

Sanções para os golpistas e apoio militar ao regresso do ex-primeiro-ministro - estes são apenas dois dos pedidos deixados por vários eurodeputados portugueses na sessão que decorreu em Estrasburgo.

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ARCHIV - Blick in das Europa Parlament in Strassburg waehrend der Rede des britischen Premierministers Gordon Brown am 24. Maerz 2009. Die Europawahl am 7. Juni ist fuer das EU-Parlament zugleich ein wichtiges Jubilaeum: Am 7. Juni 1979 wurden die Abgeordneten zum ersten Mal direkt von den Buergern gewaehlt. Bis dahin wurden die Parlamentarier von den Regierungen der einzelnen EU-Staaten entsandt. Mit der Wahl am 7. Juni wird das Europaparlament von derzeit 785 Abgeordneten auf 736 verkleinert. Deutschland als groesster EU-Staat wird aber unveraendert 99 Abgeordnete entsenden. (ddp images/AP Photo/Christian Lutz, Archiv) ** zu unserem Stichwort ** --- FILE - In this March 24, 2009 file photo a general view of the European Parliament is seen as British Prime Minister Gordon Brown delivers his statement in Strasbourg, eastern France. (ddp images/AP Photo/Christian Lutz, File)
EU-Parlament in StraßburgFoto: Christian Lutz/AP/dapd

"Menos palavras e mais ação por parte da União Europeia" - são estes - em síntese - os apelos dos eurodeputados portugueses no debate desta quarta-feira (23.05.) no Parlamento Europeu, sobre a situação da Guiné-Bissau.

O plenário foi marcado pela ausência da Alta Representante da União para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Catherine Ashton, e o facto foi notado em todas as intervenções. Ainda assim, ficou o apelo dos eurodeputados portugueses de vários partidos à Europa: "é preciso aumentar a pressão internacional para impôr o regresso à normalidade democrática na Guiné-Bissau."

Paulo Rangel pede ao Parlamento Europeu mais firmeza

Para o vice-Presidente do grupo PPE (Partido Popular Europeu) e Chefe da Delegação Portuguesa do PSD (Partido Social-Democrata), Paulo Rangel, "a falta de ação efectiva deve-se à ausência de interesses económicos numa Guiné-Bissau invísivel aos olhos da comunidade internacional".

Rangel sublinhou que "essa invisibilidade deve-se ao facto de não estarem aqui em causa interesses económicos de grande porte que motivem as potências europeias, americanas e mundiais a debaterem a situação do povo guineense", e concluiu: "se é preciso um motivo externo, se não basta a miséria e a instabilidade poltica para nós termos uma ação humanitária e política global, ao menos que a situação do narcotráfico fosse uma razão para nós nos empenharmos nisto."

Ana Gomes quer que os militares regressem aos quarteis

Também a eurodeputada socialista Ana Gomes apelou à ação por parte da União Europeia, considerando que a instituição deve aplicar a resolução da ONU perante a situação da Guiné-Bissau: "O que é preciso é justamente mandar os militares de regresso aos quartéis e claramente submetê-los ao poder civil democrático. A União Europeia tem que aplicar politicamente, na prática, não só em retórica, a resolução 2048 do Conselho de Segurança das Nações Unidas."

Ana Maria Gomes, eurodeputada portuguesa do PS, apela à ação por parte da UE, para que a legalidade na Guiné-Bissau seja reposta
Ana Maria Gomes, eurodeputada portuguesa do PS, apela à ação por parte da UE, para que a legalidade na Guiné-Bissau seja repostaFoto: Europäische Union - Referat Audiovisuelle Medien

Rui Taveres exige o envio à Guiné de uma força europeia de estabilização

Um pedido subscrito pelo eurodeputado Rui Tavares, que considera que o problema da União Europeia está na intervenção prática: "Porque é que a Uniao Europeia nao faz mais?", questiona o eurodeputado independente e exige o envio de " uma força de estabilização e de paz com o acordo dos guineenses, que possa permitir o regresso ao país dos governantes legítimos"

A comunidade internacional continua a exigir o regresso à ordem Constitucional, depois do golpe de Estado de 12 de bril na Guiné-Bissau Soldaten in Guinea-Bissau. Von Jochen Faget. Rechte frei i.A. Christine Harjes
A comunidade internacional continua a exigir o regresso à ordem Constitucional, depois do golpe de Estado de 12 de abril na Guiné-Bissau. Na foto: solados em frente ao palácio presidencial, em BissauFoto: Jochen Faget

A comunidade internacional continua a exigir o regresso à ordem
Constitucional, depois do golpe de Estado de 12 de abril na Guiné-Bissau. Na Assembleia Paritária África, Caraibas, Pacífico (ACP) e União Europeia, que tem lugar na próxima semana, na Dinamarca, será apresentada uma resolução comum às várias famílias políticas do Parlamento Europeu que condene o golpe militar e apele ao restabelecimento da ordem democrática.

Autores: Maria João Pinto / António Cascais
Edição: António Rocha

23.05.12 Parlamento Europeu / Guiné-Bissau - MP3-Mono