Ex-primeiro ministro são-tomense acusado de lavagem de dinheiro
12 de junho de 2013
Armindo Aguiar, um dos dirigentes do partido da oposição PCD declarou esta terça-fe à imprensa à saída da Procuradoria-Geral da República (PGR) que existem "fortes indícios" de lavagem de dinheiro envolvendo o ex-primeiro-ministro Patrice Emery Trovoada e o banco comercial de capitais gaboneses BGFI Bank, instalado na praça financeira do arquipélago. " Terá [Patrice Trovoada] transferido para a república gabonesa a quantia de 624 mil euros, ora quando o país tem dificuldades todos os atos de corrupção devem combatidos
Ao pedido dirigido à PGR, Armindo Aguiar anexou um documento com timbre e selo branco do gabinete do primeiro-ministro e uma suposta assinatura de Patrice Trovoada. "Espemos que a Procuradoria da República apure a verdade desses factos", acrescenta Aguiar.
A ADI (Acção Democrática Independente), partido do ex-primeiro-ministro, reagiu por intermédio do seu secretário-geral, Levy Nazaré, que considerou ser uma manobra "dos assaltantes do poder" contra o "grande político santomense" com o objectivo "porque vêm aí as eleições, de aniquilar Patrice Trovoada".
Ex-governante ausente do país
Desde Dezembro do ano passado que Patrice Trovoada se encontra ausente São Tomé e Príncipe, apos o seu governo ter caído no parlamento por via de uma moção de censura.
Esta queixa-crime do PCD, partido no poder, vem dar força às declarações do primeiro-ministro Gabriel Costa, que em Janeiro deste ano, anunciou, que o arquipélago é centro de lavagem de dinheiro. "É preciso nós sabermos de onde é que sai tanto dinheiro, entendemos que o nosso Estado não pode correr o risco de ser um narcoestado".