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FLEC-FAC acusa exército angolano de matar seis civis

Lusa
13 de julho de 2024

Frente para a Libertação do Estado de Cabinda - Forças Armadas Cabindesas (FLEC-FAC) acusa o Governo angolano pela morte de seis civis e anunciou ter matado 11 soldados na resposta militar ao ataque do exército angolano.

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Angola Symbolbild Polizei in Cabinda
Foto: RainbowPress/Cameleon//abaca/picture alliance

Em comunicado sobre os combates entre as Forças Armadas Cabindesas e militares das Forças Armadas Angolanas em território congolês, a FLEC-FAC refere que na sexta-feira se registou "nova incursão do exército angolano na República Democrática do Congo", no território de Lukula.

Segundo o movimento independentista, "o exército angolano atravessou a fronteira congolesa na aldeia de Mbaka-Nkosi e Kipholo 2", pelas 23:00, e os soldados "mataram seis civis inocentes de Cabinda".

Após o ataque as FAC "lançaram uma resposta militar contra três posições dos soldados angolanos, na aldeia fronteiriça de Mbaka-Nkosi, onde foram mortos 11 soldados e outros 15 ficaram feridos.

"Selvagem ataque”

Depois do que consideraram ser um "selvagem ataque terrorista do governo angolano contra a população civil", as FAC prometem no comunicado "prender e punir" o comandante da Região Militar de Cabinda, tenente-general Tukikebe dos Santos e o governador de Cabinda, Mara Quiosa.

Cabinda: "Medo, isso é coisa do passado!"

Em 04 de julho o presidente da Assembleia Nacional da República Democrática do Congo, Vital Kamerhe, concedeu uma audiência aos governantes nacionais eleitos da província congolesa do Congo Central, na qual, segundo o site informativo local Kongo Média, os deputados nacionais informaram sobre a situação de segurança no território de Lukula, naquela província.

Segundo a publicação, "a província do Congo Central enfrenta repetidas incursões do exército angolano no território Lukula".

O exército angolano, por seu lado, justifica a sua presença com a perseguição aos rebeldes pela libertação do enclave de Cabinda, pode ler-se na página do Kongo Média.