Contágio e segurança
6 de dezembro de 2014A transmissão do ébola de pessoa para pessoa ocorre através do contato com fluidos corporais como o sangue, a saliva, o suor ou o sémen. Esta tem sido a principal forma de contágio no atual surto do ébola na África Ocidental. Em risco estão sobretudo profissionais de saúde e outras pessoas que têm contato direto com pacientes infetados com o vírus.
Outras formas de infeção:
- Relações sexuais
- Cerimónias fúnebres em que se toca no cadáver
- Transmissão através de superfícies ou objetos contaminados – por exemplo, se alguém põe a mão na maçaneta de uma porta que acabou de ser tocada por um paciente e, a seguir, esfrega os olhos
Os hospedeiros naturais do vírus
As pesquisas científicas sugerem que os morcegos-da-fruta são o reservatório natural do ébola, ou seja, são os hospedeiros naturais do vírus. Os macacos serão hospedeiros “acidentais” que podem propagar a doença.
Os humanos podem contrair ébola se estiverem em contato com macacos infetados ou comerem carne de animais selvagens. Também se pensa que roedores sejam portadores do vírus. Acredita-se que os primeiros casos de ébola ocorreram quando humanos comeram a carne destes animais.
Não está provado que mosquitos ou outros insetos podem transmitir o vírus do ébola.
Um facto importante é que um paciente só infeta outras pessoas quando apresenta os primeiros sintomas.
Cuidados de higiene
Para se proteger do vírus é essencial ter cuidados de higiene rigorosos. Deve lavar frequentemente as mãos com água tratada com cloro, sabão e desinfetante, sobretudo nas zonas mais afetadas pela epidemia.
Se está numa das zonas atingidas pelo ébola, siga as seguintes regras básicas:
- Evite tocar em objetos e noutras pessoas
- Evite tocar na sua cara
- Lave frequentemente as mãos!
O vírus do ébola só consegue entrar no organismo através de feridas abertas e dos olhos, nariz, boca e outros orifícios.
Luvas de borracha e máscaras faciais não são 100 por cento seguras, mesmo os fatos de proteção só são fiáveis se forem corretamente utilizados. É preciso uma formação especial para os usar de forma segura. Tirar os fatos depois de contactar com um paciente infetado com ébola é uma tarefa complicada e de alto risco. O fato só pode ser usado uma vez e deve ser destruído imediatamente após o uso.
O que mudou na África Ocidental
Foram instalados tanques de água tratada junto a edifícios administrativos na Libéria, Serra Leoa e Guiné-Conacri. Em muitas partes da região, as pessoas deixaram de dar apertos de mão ou de se abraçar. Em vez disso, inventaram novas formas de se cumprimentar que não envolvem o toque.