G20: Cimeira termina com muitas promessas
8 de julho de 2017O comunicado final de consenso da Cimeira dos líderes das 20 maiores economias mundiais e emergentes (G20) conseguiu compatibilizar as diferentes sensibilidades sobre o comércio internacional, especialmente por parte dos Estados Unidos da América.
"Manteremos os mercados abertos", assegura o grupo que se compromete também, a "combater o protecionismo, incluindo todas as práticas comerciais injustas."
O texto acordado realça terem existido avanços na situação macroeconómica global, reconhecendo, todavia, que "o crescimento é mais débil do que o esperado", pelo que se devem continuar a aplicar medidas "monetárias, fiscais e estruturais" para o reforçar.
Economia: promessas de reformas estruturais
O G20 sublinha o seu compromisso na aplicação de "reformas estruturais", com o objetivo de reduzir os "desequilíbrios globais excessivos" e a promoção de "uma maior inclusão, justiça e igualdade na procura do crescimento económico e na criação de emprego".
O objetivo é alcançar "um crescimento forte, sustentável, equilibrado e inclusivo", enquanto se melhora a resistência económica e financeira dos países, noticiou a Efe.
Emprego: promessas de formação
No domínio laboral, os líderes do grupo reconheceram os desafios que coloca a globalização, a digitalização e a automatização, e defenderam, que, para melhorar as opções de adaptação dos trabalhadores há que potenciar a educação e a formação contínua.
Comprometeram-se também, a promover "oportunidades de trabalho decentes" durante a transição que o mundo está a viver.
Finanças: promessas de mais transparência e solidez
No âmbito financeiro, o G20 referiu o "considerável progresso" registado no setor bancário desde a crise e defendeu que se deve seguir no sentido da melhoria da solidez do sistema institucional.
O G20 afirma que pretende continuar a trabalhar por um "sistema fiscal internacional moderno e globalmente justo", que combata a fraude tributária e melhore o intercâmbio internacional de informação entre Estados.
Os líderes das 20 maiores economias mundiais e emergentes compromete-se a avançar na implementação de padrões internacionais de transparência para combater "a corrupção, a fraude fiscal, o financiamento do terrorismo e a lavagem de dinheiro".
Clima: Acordo de Paris segue sem os EUA
O comunicado final pede em nome de todos os integrantes, menos os EUA, a "rápida" implementação do Acordo de Paris contra as mudanças climáticas, evidenciando o isolamento internacional do Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump.
A cimeira que começou na sexta-feira (07.07.) e terminou na tarde deste sábado (08.07.) ficou marcada por violentas manifestações contra o evento.