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Gasolina mais cara e vida mais difícil em Moçambique

Bernardo Jequete (Manica)
17 de agosto de 2018

Preços da gasolina, gasóleo e gás doméstico voltaram a aumentar em Moçambique. Na província de Manica, no centro, automobilistas e transportadores reclamam da subida "galopante" dos combustíveis anunciado pelo Governo.

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Mosambik - Anstieg der Treibstoffpreise
Foto: DW/B. Jequete

Na quinta-feira (16.08), o Governo moçambicano voltou a subir os preços dos combustíveis. O custo da gasolina subiu de 66,55 meticais (um euro) para 69,53 meticais (1,05 euro) por litro, o gasóleo aumentou de 62,92 meticais (95 cêntimos de euro) para 64,66 (97 cêntimos de euros). O preço do gás doméstico também subiu de 60,33 meticais (91 cêntimos de euro) para 61,13 (92 cêntimos de euros).

Numa ronda pelas gasolineiras de Chimoio, a capital da província de Manica, a DW África encontrou as bombas quase desertas, com poucos clientes. Muitos automobilistas consideram os novos preços intoleráveis, tendo em conta a crise que o país vive e o atual custo de vida.

Gasolina mais cara e vida mais difícil em Moçambique

O taxista Belito Viola critica o Governo por estar a reajustar os combustíveis mensalmente. Uma medida que está a afetar cada vez mais os bolsos dos cidadãos. "Nós queremos uma taxa única, se for 100 meticais um litro, que assim seja para estarmos cientes", diz.

Jordão Milasso, outro automobilista de Chimoio, considera preocupante este aumento, que só veio complicar o dia a dia dos cidadãos. "Cada vez mais, as coisas estão a tornar-se mais difíceis", lamenta.

Mais custos para os passageiros

Filimone Mines e Tomé Albano, transportadores de semi-coletivos de passageiros, dizem que os aumentos vêm dificultar as atividades do dia-a-dia e também poderão acarretar custos mais avultados para o bolso dos passageiros, porque as empresas de transporte também tencionam agravar as tarifas.

"Esta atividade está muito parada por causa disso. Cada vez mais aumenta o preço do combustível, mas o preço do chapa não está a aumentar e não temos lucros", explica Filimone Mines.

"Queríamos que o preço dos combustíveis não aumentasse consecutivamente. Pelo menos se parasse, então os passageiros conseguiriam viajar", lamenta também Tomé Albano.

O ajustamento mensal, previsto na lei, acontece sempre que se verifique uma variação superior a 3% do preço-base dos combustíveis superiores (por via de variações da cotação internacional ou do câmbio do metical) ou caso haja alteração dos impostos.