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ConflitosIsrael

Exército israelita diz ter encontrado armas em hospital

Lusa | EFE
16 de novembro de 2023

As forças israelitas dizem ter encontrado armas nas instalações do Hospital Al-Shifa, o maior em Gaza. Israel diz que o grupo islamista Hamas usava o local como centro de comando operacional. O Hamas nega.

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Imagem de um vídeo publicado pelo Exército israelita, mostrando armas que diz ter encontrado no Hospital Al-Shifa
Foto: Israel Defense Forces/AP/picture alliance

"Um centro de comando operacional, armas e recursos tecnológicos foram encontrados no edifício de ressonância magnética do Hospital Al-Shifa, na cidade de Gaza", declara um comunicado as Forças de Defesa Israelitas (FDI), adicionando que as suas tropas continuam "a operação precisa e direcionada contra a organização terrorista Hamas" nesta unidade hospitalar.

Em reação, o Ministério da Saúde do Governo controlado pelo Hamas disse, citado pela agência France Presse, que o Exército israelita "não encontrou armas nem equipamento militar" no hospital Al-Shifa e que "não autoriza" a presença de armamento nos seus estabelecimentos hospitalares.

As FDI descrevem que, quando os soldados entraram no complexo hospitalar, "enfrentaram vários terroristas e mataram-nos" e, em seguida, durante buscas num dos departamentos do hospital, "localizaram uma sala com apetrechos tecnológicos, além de equipamentos militares e de combate" utilizados pelo Hamas.

Num outro departamento do hospital, os soldados também localizaram "um centro de comando operacional e ativos tecnológicos pertencentes ao Hamas", provando, disse hoje aos jornalistas o porta-voz das FDI, Daniel Hagari, que o movimento usa as instalações hospitalares para "fins militares e terroristas, em desrespeito das leis internacionais". 

Os dados tecnológicos e a "extensa informação localizada" foram transferidos para análise completa pelas autoridades competentes, referem as FDI.

Conselho de Segurança pede "pausas humanitárias"

O Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) aprovou, entretanto, uma resolução que apela a "pausas e corredores humanitários" urgentes e alargados em toda a Faixa de Gaza.

A resolução, da autoria de Malta, recebeu 12 votos a favor e três abstenções: Estados Unidos, Reino Unido e Rússia.

Embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan
Diplomata israelita Gilad Erdan acusa o Conselho de Segurança de estar "desconectado" da realidadeFoto: John Angelillo/UPI Photo/Newscom/picture alliance

Apesar de ser liderado por Malta, este projeto de resolução foi fruto do trabalho dos 10 membros não-permanentes do Conselho de Segurança, que decidiram agir face aos vetos apresentados por membros permanentes aos anteriores quatros projetos que foram a votos e acabaram rejeitados.

A aprovação deste texto põe fim a um período de intenso e inconclusivo de negociações do Conselho de Segurança - órgão da ONU cujas decisões têm caráter vinculativo -, que desde o início desta guerra se viu incapaz de tomar posição sobre este conflito. Um ponto de discórdia ao longo das negociações foi a linguagem em torno de um "cessar-fogo", "pausas humanitárias" ou "tréguas", com a Rússia a posicionar-se a favor do apelo a um cessar-fogo e os Estados Unidos a oporem-se a quaisquer propostas deste tipo.

O embaixador de Israel nas Nações Unidas, Gilad Erdan, disse que a resolução aprovada pelo Conselho de Segurança "está desconectada da realidade e não faz sentido". 

"Independentemente do que o Conselho decidir, Israel continuará a agir de acordo com a lei internacional, enquanto os terroristas do Hamas nem sequer vão ler a resolução e muito menos a cumprirão", escreveu Erdan da rede social X (ex-Twitter).

Gaza: Apelos para "pausas e corredores humanitários"

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