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Governo da Guiné-Bissau a postos para recenseamento eleitoral

Darame, Braima28 de novembro de 2013

Timor-Leste doou, esta quinta-feira (28.11), parte do material para o recenseamento que arranca domingo e que visa registar 800 mil eleitores. O processo tem em vista as eleições de 2014.

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O recenseamento eleitoral arranca domingo (01.12) e deverá decorrer até dia 21 de dezembro, em todo o território, tendo em vista a preparação para as eleições de 2014.

O executivo timorense, que apoia o processo eleitoral, entregou, esta quinta-feira (28.11), às autoridades de transição guineenses um conjunto de equipamentos informáticos, nomeadamente um computador portátil, uma máquina fotográfica, uma impressora e equipamento para tratamento de impressões digitais e códigos de barras.
E está garantida também a oferta de "um gerador com capacidade de 65 Kwa para o Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral (GTAPE) e Comissão Nacional de Eleições (CNE)", afirma Tomás Cabral, chefe da delegação timorense.

"Vamos apoiar também o transporte do material para o recenseamento eleitoral (800 mil cartões eleitorias, 800 mil formulários para o recenseamento). Vamos apoiar o GTAPE e a CNE no ato de recenseamento. Aqui na sede central temos também um servidor para a base de dados que guardará todo o sistema eleitoral da Guiné", acrescenta Tomás Cabral.

O espaço onde se encontra o material para o recenseamento e eleições foi inaugurado, também nesta quinta-feira (28.11), numa cerimónia que contou com o primeiro-ministro de transição da Guiné-Bissau, Rui Duarte de Barros.
Um segundo carregamento de material deverá ser entregue o mais tardar até à segunda semana de dezembro. "No ato que foi assinado [esta quinta-feira] conseguimos 119 "kits". No sábado vão chegar mais alguns e poderemos completar com 123 "kits" no início do recenseamento. Mas no total, o que vamos oferecer são 200 "kits" ao governo e ao povo guineense", garante Tomás Cabral, chefe da delegação timorense.

A Nigéria entregou 25 carinhas à Comissão Nacional de Eleições (CNE) para facilitar a deslocação dos seus membros.

"Não temos condições mas estamos preparados"

De acordo com Baptista Té, ministro da Administração Territorial, mais de três mil pessoas vão estar mobilizadas no recenseamento. Só o GTAPE deverá disponibilizar equipas de três pessoas por cada "kit", ou seja, um total de 600 recenseadores, além de outros 225 que já estão em funções nas diferentes regiões.

"Nós não temos todas as condições mas estamos preparados para dar início [ao processo]. Ao longo do caminho vamos corrigindo essas dificuldades e movendo também os populares para atingir a previsão que, neste momento, temos do número de eleitores", diz Baptista Té.

"O recenseamento é obrigatório, acho que os guineenses deviam compreender isso", sublinha ainda.

O executivo estima recensear 800 mil eleitores no país e na diáspora, o que a confirmar-se representará mais 200 mil eleitores em relação ao último recenseamento, realizado em 2008.

O primeiro-ministro de transição, Rui Duarte de Barros, pede aos guineenses que comparecerem em massa nas mesas do recenseamento eleitoral: "temos que nos mobilizar, sensibilizar as pessoas, para que aconteça este tão importante ato [o recenseamento] que a Guiné-Bissau espera, para que depois possamos ter umas eleições o mais transparente possível, com maior credibilidade".

O Presidente de transição, Serifo Nhamadjo, será o primeiro eleitor a ser registado e receberá o cartão número um. Os eleitores guineenses vão poder ir às urnas a 16 de março de 2014 para eleger um novo Governo e chefe de Estado.