Mais um partido guineense recusa correções do recenseamento
25 de agosto de 2019"O partido APU-PDGB vem levar ao conhecimento de toda a população guineense e à comunidade internacional de que, por uma questão de legalidade, não vai participar nas brigadas de fiscalização dos atos de correções e omissões que o Governo pretende levar a cabo", salienta o partido, num comunicado citado este domingo pela agência de notícias Lusa.
A APU-PDGB faz parte da coligação do Governo da Guiné-Bissau, que inclui o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), a União para a Mudança e o Partido da Nova Democracia.
No comunicado, a APU-PDGB sublinha também que apesar de fazer "parte dos partidos do coletivo democrático nunca foi chamada para se pronunciar sobre o assunto das correções".
Correção dos cadernos eleitorais
Segundo dados da Comissão Nacional de Eleições, nas legislativas, realizadas em 10 de março, cerca de 25 mil eleitores recenseados foram impedidos de votar por não constarem nos cadernos eleitorais devido a falhas técnicas.
O Governo da Guiné-Bissau apresentou já um Plano de Consolidação do Registo Eleitoral para as eleições presidenciais, marcadas para 24 de novembro, e que prevê consolidar os dados daqueles eleitores.
O plano também tem sido criticado pelo Movimento para a Alternância Democrática (Madem-G15), líder da oposição no país, e pelo Partido de Renovação Social (PRS), terceiro partido mais votado nas legislativas, por não ter enquadramento legal.
Aqueles dois partidos, que também recusaram participar na fiscalização das correções das omissões, têm defendido a realização de um novo recenseamento ou a sua atualização.