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Guiné-Bissau: Inconformados não desistem da reivindicação

Lusa | mjp
10 de julho de 2017

Depois de a polícia guineense ter travado um protesto contra a crise, o Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados volta a entregar aviso de manifestação ao Ministério do Interior.

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Foto: DW/A. Kriesch

Ao início da manhã de sábado (8.07), alguns elementos do Movimento de Cidadãos Conscientes e Inconformados (MCCI) com a crise política começaram a juntar-se na rotunda do Aeroporto Internacional de Bissau. Quando se preparavam para iniciar a manifestação pela dissolução da Assembleia Nacional Popular e pela demissão do Presidente José Mário Vaz, a polícia surgiu e mandou dispersar o grupo. Segundo Sumaila Djaló, porta-voz do MCCI, os agentes proibiram o protesto contra a crise política na Guiné-Bissau alegando a falta de autorização.

"Foi uma ordem ilegal", diz Djaló, acrescentando que, ainda assim, tiveram de acatar a ordem, por temerem que a polícia investisse sobre os manifestantes. Sumaila Djaló afirma que o movimento não tinha de ter nenhuma autorização da polícia, conforme a lei guineense, tendo apenas o dever de comunicar a pretensão de organizar a manifestação pública pacífica.

Guinea-Bissau - Proteste gegen die Regierung: Sumaila Djalo
Sumaila Djaló, porta-voz do MCCIFoto: DW/B. Darame

"A polícia não só não nos deixou manifestar como impediu alguns jornalistas presentes no local que fizessem o seu trabalho", afirmou Djaló que vê no ato a "implantação de uma ditadura autêntica" na Guiné-Bissau.

Novo protesto contra a crise

A agência Lusa tentou, sem sucesso, contatar o comando da polícia. O porta-voz dos Inconformados anunciou que já esta segunda-feira (10.07) o movimento - constituído essencialmente por jovens - vai entregar uma carta ao Ministério do Interior avisando que no sábado, dia 15, vai realizar uma nova manifestação em Bissau.

A ação, que tem vindo a repetir-se nos últimos oito meses, servirá para o movimento denunciar a persistência da crise política no país, exigir a dissolução do Parlamento, a renúncia do chefe do Estado, José Mário Vaz, e a convocação de eleições gerais.

Para o movimento José Mário Vaz é o principal responsável pela crise política que já dura há cerca de dois anos.

A Guiné-Bissau tem vivido uma situação de crise institucional desde as últimas eleições, com um afastamento entre o partido vencedor das legislativas e o Presidente da República, também eleito. 

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