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Guiné-Bissau regista quase 200 casos de Covid-19

Lusa
29 de abril de 2020

Segundo o Centro de Operações de Emergência Médica da Guiné-Bissau, mais do que duplicaram os casos positivos de Covid-19 no país. Ao todo são já 197.

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Foto: picture-alliance/dpa/Niaid/Europa Press

"No total, temos 197 casos positivos e 19 recuperados", afirmou o médico Tumane Baldé, porta-voz do Centro de Operações de Emergência Médica da Guiné-Bissau, durante a conferência de imprensa diária para fazer o balanço da evolução da doença no país.

A Guiné-Bissau registou até hoje uma vítima mortal.

Nas declarações à imprensa, Tumane Baldé pediu aos jornalistas para trabalharem para "mudar a mentalidade da população, que acha que isto é uma brincadeira".

"As pessoas têm de se isolar. Só o distanciamento social e medidas de higiene no nosso corpo e casa nos podem salvaguardar", disse Tumane Baldé, salientando que a tendência é o número de casos de Covid-19 no país vir a aumentar nos próximos dias.

PM e outros membros do Governo infetados

O ministro da Saúde guineense, António Deuna, confirmou na terça-feira (28.04) na televisão pública guineense, que vários membros do Governo, incluindo o primeiro-ministro, deram positivo para a Covid-19.

Fonte governamental confirmou à agência de notícias Lusa que, além do primeiro-ministro, estavam infetados o ministro do Interior, Botché Candé, o secretário de Estado da Ordem Pública, Mário Fambé, e a secretária de Estado do Plano e da Integração Regional, Mónica Buaro.

As contaminações anunciadas pelo ministro da Saúde estão relacionadas com a rede de transmissão do alto funcionário do Ministério do Interior, que morreu sábado, e que tinha dado positivo para Covid-19.

Na sequência da morte do alto funcionário, os serviços administrativos do Ministério do Interior foram encerrados para despistagem a dirigentes e funcionários.

Alguns membros do Governo guineense pediram também para serem submetidos a testes na sequência de contactos com funcionários daquela instituição.

No domingo, o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, prolongou, pela segunda vez, o estado de emergência no país até 11 de maio.