Guiné-Conacri: Béavogui é o primeiro-ministro de transição
7 de outubro de 2021Mohamed Béavogui, de 68 anos, "ex-subsecretário-geral das Nações Unidas, é nomeado primeiro-ministro de transição, chefe do Governo", segundo o decreto lido na noite de quarta-feira (06.10.) na televisão pública.
Ao nomear um primeiro-ministro sem experiência de Governo, o Presidente de transição da Guiné-Conacri, Mamady Doumbouya, escolheu uma personalidade muito distante da política interna e pouco suspeita na participação nas lutas internas dos últimos anos.
Investido como Presidente de transição da Guiné-Conacri, na passada sexta-feira (01.10.), Mamady Doumbouya, reiterou que o seu país, um importante produtor de minerais, honrará todos os seus compromissos internacionais.
O coronel, que dirige os militares que tomaram o poder pela força, há um mês, também afirmou o seu "compromisso" de que nem ele nem qualquer outro membro da junta se candidatarão em futuras eleições, que os militares prometeram organizar após um período de transição, cuja duração não avançou.
As missões do Presidente de transição
Doumbouya atribuiu a esta transição a missão de "refundar o Estado", redigir uma nova Constituição, combater a corrupção, reformar o sistema eleitoral, reformar o dossier eleitoral, organizar eleições "livres, credíveis e transparentes" e a "reconciliação nacional".
A 8 de setembro, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) decidiu, após uma cimeira extraordinária, suspender a Guiné-Conacri de todas as instituições da organização na sequência do golpe que afastou o Presidente Alpha Condé.
Os líderes da organização regional também concordaram em enviar uma missão de alto nível, que visitou a Guiné-Conacri para discutir a situação com a junta militar que governa o país.
A República da Guiné, país da África Ocidental que faz fronteira com a Guiné-Bissau, é um dos mais pobres do mundo e enfrenta, nos últimos meses, uma crise política e económica, agravada pela pandemia de covid-19.