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Imprensa alemã destaca morte de John Atta Mills

27 de julho de 2012

A morte do presidente ganês John Atta Mills, a luta dos "madgermanes", projetos ambientais em Cabo Verde e os predadores de rinocerontes: estes são alguns dos temas africanos focados pela imprensa alemã.

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Foto: Fotolia

"Luto no Gana" - é o título dum artigo publicado no Süddeutsche Zeitung. No jornal editado em Munique lê-se o seguinte: "John Atta Mills morreu cinco meses antes do fim do seu mandato e poucos dias depois do seu 68º. aniversário. Ele era um dos grandes líderes e geradores de esperança do continente africano. O Gana é considerado um bastião da estabilidade. Os Estados Unidos apoiam o Gana, nomeadamente na formação de uma unidade especial da polícia que deverá combater os cartéis da droga que ameaçam tomar conta de toda a região da África Ocidental. O Gana é um país empenhado a nível internacional, tendo colocado soldados à disposição de missões da paz, nomeadamente na Costa do Marfim, na Libéria e no Congo."

Ghana Präsident Atta Mills gestorben
Faleceu o presidente do Gana John Atta MillsFoto: Reuters

Madgermanes lutam há 22 anos e não vão desistir

Mosambik Friedliche Demonstration
Os madgermanes manifestam-se regularmente na capital moçambicana. Na foto: Manifestação ocorrida em fevereiro de 2008Foto: Ismael Miquidade

O jornal Neues Deutschland debruça-se sobre a situação dos denominados "madgermanes", portanto os cerca de 20 mil moçambicanos que estudaram ou trabalharam na extinta RDA, no quadro de acordos de cooperação. Recorde-se que a grande maioria desses cidadãos teve que regressar a Moçambique, depois da unificação da Alemanha. O Neues Deutschland, editado em Berlim, escreve: "Há 22 anos que os madgermanes exigem do governo moçambicano, que este pague a parte dos seus vencimentos que na altura foi transferida pelo então governo da Alemanha do Leste para Maputo. Esse dinheiro deveria ser entregue aos cidadãos depois do seu regresso a Moçambique, o que não aconteceu. O dirigente da associação dos madgermanes, José Alfredo Cossa, está determinado em continuar a luta: ele afirma que está nela há 22 anos e nunca irá desistir."

Cabo Verde aposta na energia solar

Fischer am Strand Kapverden
Cabo Verde é um país com muito sol, que poderá ser aproveitado para a produção de energia elétrica. Na foto: praia de pescadores na ilha de São VicenteFoto: AP Photo

Outro artigo do Neues Deutschland refere-se a Cabo Verde. "Energia solar em Santa Maria" é o título duma reportagem em que se afirma que Cabo Verde está a tornar-se cada vez menos dependente de importações de energias fósseis. Citamos: "A energia elétrica na ilha do Sal é muito cara. O kilowatt custa cerca de 30 cêntimos de euro. Por isso muitos hóteis optaram por montar painéis solares. É o caso do hotel Santa Maria que investiu nada menos de 35 mil euros num sistema novo. Francisco Lopes, o dono do hotel, diz que nos próximos anos vai aumentar o número de painéis solares em casas de particulares e também em unidades montadas por empresas estrangeiras. O maior investimento nesse campo, na ilha do Sal, é a unidade de energia solar fotovoltaica, montada pelo grupo Martifer, de Portugal, com uma capacidade de 2,5 megawatts."

Corno de rinoceronte vale muito dinheiro no mercado negro

Rinocerontes no parque nacional Krüger, África do Sul
Rinocerontes no parque nacional Krüger, África do SulFoto: AP

A revista Der Spiegel fala sobre um problema que está a preocupar os ecologistas em todo o mundo: redes de predadores caçam animais raros em África. O titulo da reportagem é: "Os rastos da máfia são bem visíveis". O Der Spiegel adianta: "Os rinocerontes podem desaparecer devido ao aumento do interesse pelos seus chifres, aos quais são atribuídos poderes curativos para vários males, principalmente na Ásia, tendo sido criado um Dia Mundial para alertar sobre o perigo de extinção. Na África do Sul está a aumentar a consciência em relação a este problema: o veterinário sul-africano, William Fowlds, é um dos que chama a atenção de todos para a necessidade de preservar a espécie e os seus habitats, e agravar os castigos para aqueles que matam os rinocerontes com o objectivo de extrair os cornos, muito valiosos no mercado paralelo. Recorde-se que no mercado paralelo, 133 dólares é o preço que se paga por grama de corno de rinoceronte. Na áfrica do Sul existem ainda cerca de 21 mil rinocerontes, mas no ano passado predadores mataram cerca de 500, um número alarmante."

Autor: António Cascais
Edição: António Rocha

27.07. Afropress - MP3-Mono

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