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Incêndio de sedes da FRELIMO: Partido mete queixa na Justiça

6 de dezembro de 2024

FRELIMO na província de Inhambane condena destruição das suas sedes por manifestantes pró-Venâncio Mondlane. O partido refere que já apresentou queixa na Justiça para que os autores sejam responsabilizados.

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 FRELIMO - Wahlkampf Angoche / Nampula
Foto: N. Issufo/DW

Só na província de Inhambane, sul de Moçambique, terão sido vandalizadas cinco sedes pertencentes ao partido FRELIMO, onde também terão sido roubados documentos. Na província de Maputo, há relato até ao momento de quatro vandalizações, fora a destruição noutras sedes da FRELIMO um pouco por todo o país.

Adélia Zaulombo, primeira secretária do comité provincial em Inhambane, fez o balanço dos estragos esta quinta-feira (05.12) à tarde, em declarações aos jornalistas. "Ao nível da nossa província tivemos a vandalização de um comité distrital, dois comités de zonas e dois comités de círculo."

Mas prometeu consequências: "Através do gabinete jurídico na nossa província, foram instruídos processos e remetidos às autoridades competentes para poderem dar seguimento."

Os manifestantes em Moçambique estão numa nova fase de protestos contra os resultados eleitorais que dão a vitória à FRELIMO, partido no poder há quase 50 anos. O candidato presidencial Venâncio Mondlane, que encabeça as manifestações, pediu aos moçambicanos para fecharem as portas de vários locais, incluindo as sedes do partido no poder.

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"Os protestos já ultrapassam a linha vermelha"

Dário, um dos manifestantes na cidade de Maxixe, lembra que os protestos são uma resposta às péssimas condições de vida após cinco décadas de governação da FRELIMO, por isso defende: "A educação deve mudar e precisamos de boas escolas também. Por isso, temos de salvar Moçambique, só com Venâncio Mondlane."

Mas para Adélia Zaulombo, os protestos já ultrapassam a linha vermelha. A primeira secretária do comité provincial da FRELIMO em Inhambane denuncia, além da vandalização das sedes do partido, a cobrança ilícita de "portagens" para transitar nas ruas, alegadamente por manifestantes.

"O pagamento de valores monetários nas portagens ilegais. A FRELIMO condena [ainda] a manipulação e uso das crianças como escudo para vandalização e subversão", disse.

Zaloumbo fez ainda referência indireta ao boicote dos professores aos exames finais da 10ª e 12ª classes: "Igualmente, queremos lamentar o envolvimento dos estudantes que, por manipulação de alguns adultos, tentam sabotar o processo de exames que define a sua progressão nas classes subsequentes que prejudica a própria criança no seu futuro."

Para se evitar a vandalização das sedes e comités de círculos do partido FRELIMO, Adélia Zaulombo pede aos membros e simpatizantes desta formação política que fiquem vigilantes.

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