Incêndios florestais: O Brasil em estado de emergência
As assustadoras queimadas ocorrem já há anos no Brasil. As chamas em constante aumento estão a deixar um rastro de destruição na selva amazónica. Lançamos um olhar para as proporções assustadoras da tragédia.
O verde em chamas
A fumaça espessa cobre grande parte da Amazónia. Do alto, é possível ver a maneira drástica como a destruição da floresta tropical está a progredir. As enormes paredes de fogo consomem enormes áreas florestais. A fumaça é um aviso da catástrofe ambiental que está a se desenvolver: o "pulmão verde" do planeta está em chamas.
Bombeiros em ação
Troncos de árvore já queimados continuam a arder. Milhares de bombeiros tentam controlar as chamas. Aparentemente, os seus esforços não são suficientes. Sob a pressão da comunidade internacional, o Governo brasileiro decidiu enviar forças militares para ajudar no combate aos fogos.
Milhares de queimadas
O tempo está a se esgotar: Sete estados brasileiros já declararam estado de emergência e pediram ajuda ao Governo Federal. As estatísticas são dramáticas: segundo informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), 75.000 incêndios florestais foram registados desde o início do ano, um aumento de 84% em relação ao mesmo período do ano passado.
Catástrofe causada pela ação humana
Grandes queimadas não são uma exceção no Brasil. Os incêndios ocorrem geralmente durante a estação seca. Mas as chamas são também causadas pela ação humana: os ambientalistas dizem que os agricultores são os responsáveis pelo recente aumento de focos de queimadas. Com o desmatamento, esses produtores tentam ampliar as suas terras para a criação de gado bovino.
Infraestrutura em risco
As queimadas ameaçam não apenas regiões florestais remotas. Os incêndios também afetam regiões habitadas, como esta zona na cidade de Cuiabá, a capital do estado do Mato Grosso, no centro-oeste do país. À beira da rodovia 070, que liga a região à vizinha Bolívia, as chamas ardem perto dos carros em movimento.
Protestos contra Jair Bolsonaro
Manifestantes em todo o país estão a protestar contra a política ambiental do Presidente brasileiro. Jair Bolsonaro declarou repetidas vezes que defendia o desenvolvimento económico da bacia amazónica e reagiu de forma hesitante em relação ao aumento das queimadas. Por causa da sua postura, foi criticado em todo o mundo.
Apoio da comunidade internacional
O Grupo dos Sete (G7), que reúne os países mais industrializados do mundo, ofereceu cerca de 20 milhões de euros em ajuda emergencial ao Brasil. No entanto, o Presidente Jair Bolsonaro recusou a aferta. O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Ernesto Araújo, afirmou que a ajuda internacional é um "pretexto para introduzir mecanismos de controle externo da Amazónia".