Inundações na África do Sul fazem pelo menos mais 12 mortos
14 de fevereiro de 2023De acordo com a agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP), o número de mortos desta terça-feira (14.02) soma-se aos 7 do dia anterior, e o estado de catástrofe natural já abrange sete das nove províncias do país, o mais a sul na África subsaariana e que faz fronteira com Moçambique, que também enfrenta fortes chuvas no sul.
"A província de Mpumalanga (nordeste) parece ser a mais afetada até agora, e a situação no Parque Kruger Park não é nada boa", disse a porta-voz do departamento de gestão de catástrofes, Lungi Mtshali, à AFP.
A maior reserva nacional do país, que cobre 2 milhões de hectares, tem vários rios que a atravessam, a maioria dos quais tem sido inundada desde o fim de semana, de acordo com o Instituto Nacional de Previsão do Tempo (SAWS).
"As viagens dentro do parque são restritas porque algumas estradas estão danificadas, mas a situação ainda é controlável", disse Isaac Phaahla, porta-voz da agência dos parques nacionais (SanPark), à AFP, acrescentando que vários campos dentro da reserva tinham sido evacuados por precaução nos últimos dias.
Depois das súbitas chuvadas que interromperam o verão na África do Sul, a previsão para os próximos dias também não é nada animadora, com a previsão a apontar para mais chuva, com a agravante de os rios e as terras já estarem saturadas de água, o que vai levar a mais inundações durante, pelo menos, o resto da semana, segundo o meteorologista da SAWS Puseletso Mofokeng.
A África do Sul sofreu as piores inundações da sua história no ano passado, afetando principalmente Durban, a terceira maior cidade do país e um grande porto, onde as fortes chuvas motivaram grandes deslizamentos de terra e lama que varreram pessoas, pontes, estradas e até edifícios inteiros. Mais de 400 pessoas morreram e mais de 85.000 foram afetadas por estas tempestades em 2022.