Israel acredita que TIJ rejeitará acusações da África do Sul
25 de janeiro de 2024"Esperamos que o TIJrejeite estas acusações espúrias e enganosas", afirmou hoje Eylon Levy, porta-voz do Governo israelita, na conferência de imprensa diária.
O tribunal, instituição da ONU sediada em Haia, reúne-se na sexta-feira (26.01) para decidir sobre as medidas cautelares solicitadas pelos sul-africanos e que obrigam Israel a um cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza, uma medida que Telavive não tenciona respeitar por "não ter fundamento", acrescentou Levy.
Numa sessão pública ao início da tarde, o TIJ anunciará se dá provimento ao pedido sobre as medidas cautelares, enquanto decorre o processo interposto pela África do Sulno final de dezembro para acusar Israel de "intenções genocidas" face à ofensiva lançada contra os palestinianos da Faixa de Gaza.
Na sua queixa, a África do Sul argumentou sobre a necessidade de medidas para "proteger contra danos mais graves e irreparáveis do povo palestiniano no âmbito da Convenção sobre o Genocídio" e acusou Israel de ter um "padrão genocida" nas suas políticas.
À lista de acusações, a África do Sul juntou ainda assassinatos em massa, transferências forçadas e linguagem de desumanização, o que foi recusado por Israel, que qualificou a sua investida em Gaza como um "direito inerente de defesa dos seus cidadãos" do Hamas.
Os israelitas alertaram ainda que as medidas cautelares vão impedir o resgate dos reféns, além de culpar a África do Sul de apresentar um "quadro factual e jurídico profundamente distorcido" perante o TIJ.