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ConflitosTerritório Ocupado da Palestina

Israel ataca Rafah após mísseis do Hamas

af | Lusa | AFP | Reuters
27 de maio de 2024

Governo do Hamas diz que, pelo menos, 30 pessoas morreram num ataque israelita numa zona humanitária perto de Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Aumentam os apelos para um cessar-fogo.

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Faixa de Gaza | Fogo em Rafah
Foto: REUTERS

O Crescente Vermelho palestiniano escreveu, este domingo (26.05), na rede social X que transportou um "número elevado" de pessoas atingidas pelo ataque de Israel.

O Hamas diz que, pelo menos, trinta pessoas foram mortas e que o ataque teve como alvo um centro de deslocados palestinianos.

O Exército israelita afirmou que está conduzir uma operação precisa em Rafah contra o Hamas, revelando ter atacado um complexo do grupo extremista e admitindo ter ferido civis.

Israel denunciou que o grupo Hamas terá lançado ontem mísseis contra o território israelita: "Os terroristas do Hamas dispararam oito foguetes contra o centro de Israel a partir de Rafah, enviando milhões de israelitas para abrigos antiaéreos", disse o porta-voz do Exército, Daniel Hagari.

"O Hamas lançou estes foguetes de perto de duas mesquitas em Rafah", acrescentou.

Apelos para o fim da guerra

Da comunidade internacional continuam a chegar apelos para o fim da guerra na Faixa de Gaza.

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, afirmou que é preciso fazer "tudo ao nosso alcance" para acabar com as hostilidades, "permitir a libertação imediata dos reféns e aliviar a catástrofe humanitária que se está a viver em Gaza".

A Arábia Saudita apelou igualmente a um cessar-fogo em Gaza.

Ataque israelita em Rafah, no sul da Faixa de Gaza
Ataque israelita em Rafah, no sul da Faixa de GazaFoto: Eyad Baba/AFP

"Estamos a assistir a medidas adicionais tomadas por Israel que afetam não só os civis em Gaza, mas também colocam a população civil da Cisjordânia numa situação muito, muito difícil", advertiu o ministro saudita dos Negócios Estrangeiros, Faisal Bin Abdullah.

"A situação pode piorar"

Depois de ter anunciado que ia reconhecer o Estado palestiniano, a Noruega entregou, neste domingo, documentos diplomáticos ao primeiro-ministro palestiniano, Mohamed Mustafa, para concluir o processo.

O ministro dos Negócios Estrangeiros norueguês, Espen Barth Eide, considera que "a situação atual é terrível, mas pode piorar ainda mais".

"Se não avançarmos, afundar-nos-emos ainda mais num abismo de violência que instiga mais violência".

Israel classificou o gesto da Noruega, Espanha e Irlanda de reconhecer o Estado da Palestina como uma recompensa ao terrorismo. Mas o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, refuta essa ideia: "Reforçar a Autoridade Palestiniana não é reforçar o Hamas", frisou.

Borrell defende uma solução de dois Estados. "A posição oficial da União Europeia é apoiar a construção de dois Estados, o de Israel que já está construído e o da Palestina, ainda por construir."

Reconhecer Estado palestiniano é "recompensar o terrorismo"?

Borrell justifica que essa solução é a única garantia a longo prazo para a segurança e prosperidade de Israel.

Entretanto, Israel garantiu, no sábado, que retomará em breve as negociações de paz com o Hamas, suspensas desde 10 de maio, para tentar chegar a um acordo sobre uma troca de reféns por prisioneiros palestinianos.

O grupo Hamas exige o fim da guerra e a retirada do Exército israelita da Faixa de Gaza. Israel opõe-se firmemente a esta exigência.